Publicação: 10/12/2014 03:00
Assustadas e perplexas com a enxurrada de desvios e corrupção na Petrobras, descobertos pelas investigações da Polícia Federal e Ministério Público, conduzidas pelo juiz Sérgio Moro, as pessoas de bem ouviram com alento e esperança as declarações de ontem do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Ao discursar durante uma solenidade relativa ao Dia Internacional de Combate à Corrupção, não poupou palavras duras ao se referir ao escândalo da Petrobras, ao qual atribuiu a capacidade de convulsionar o país e que, “como um incêndio de largas proporções”, consome aquela empresa estatal e produz “chagas que corroem a probidade e as riquezas da nação”. As palavras de Janot fazem sentido especial quando se sabe de tentativas de acordos para, de alguma maneira, aliviar a punição que, pelo vulto do escândalo, não pode ser branda. A velha desculpa de que a eventual necessidade de paralisar obras importantes para a estatal poderá resultar em prejuízos já ronda conversas de que se tem notícia nos bastidores políticos. Além do prejuízo financeiro causado a uma empresa que sempre foi e precisa voltar a ser o orgulho dos brasileiro, o caso também expõe perigosamente o nome do Brasil no exterior, ao ensejar investigações por parte de instituições públicas norte-americanas e de processos na Justiça dos EUA por investidores que se sentiram diretamente lesados pela “gestão desastrosa da Petrobras. Esse vergonhoso episódio precisa servir de lição para que se abandone de vez, no Brasil, a prática nefasta das nomeações políticas para cargos de natureza técnica. Admirado exemplo de eficiência, a própria Petrobras nunca deixou de contar com pessoal altamente qualificado, recrutado entre os jovens talentos do país e treinados nos diversos escalões da empresa. Essa será uma mudança benéfica, não apenas para as empresas estatais e órgãos de governo, como para os quadros da política, cada dia mais distantes de representar quem os elegeu.
Ao discursar durante uma solenidade relativa ao Dia Internacional de Combate à Corrupção, não poupou palavras duras ao se referir ao escândalo da Petrobras, ao qual atribuiu a capacidade de convulsionar o país e que, “como um incêndio de largas proporções”, consome aquela empresa estatal e produz “chagas que corroem a probidade e as riquezas da nação”. As palavras de Janot fazem sentido especial quando se sabe de tentativas de acordos para, de alguma maneira, aliviar a punição que, pelo vulto do escândalo, não pode ser branda. A velha desculpa de que a eventual necessidade de paralisar obras importantes para a estatal poderá resultar em prejuízos já ronda conversas de que se tem notícia nos bastidores políticos. Além do prejuízo financeiro causado a uma empresa que sempre foi e precisa voltar a ser o orgulho dos brasileiro, o caso também expõe perigosamente o nome do Brasil no exterior, ao ensejar investigações por parte de instituições públicas norte-americanas e de processos na Justiça dos EUA por investidores que se sentiram diretamente lesados pela “gestão desastrosa da Petrobras. Esse vergonhoso episódio precisa servir de lição para que se abandone de vez, no Brasil, a prática nefasta das nomeações políticas para cargos de natureza técnica. Admirado exemplo de eficiência, a própria Petrobras nunca deixou de contar com pessoal altamente qualificado, recrutado entre os jovens talentos do país e treinados nos diversos escalões da empresa. Essa será uma mudança benéfica, não apenas para as empresas estatais e órgãos de governo, como para os quadros da política, cada dia mais distantes de representar quem os elegeu.