Fernando Azevedo
Médico
fj-azevedo@uol.com.br
Publicação: 11/08/2015 03:00
Comemorando 120 anos dos acordos de amizade, comércio e navegação Brasil/Japão, recebemos no nosso Recife a visita de marinheiros japoneses do navio Shimayuk. Quando se recebe um convidado, manda a regra de bons costumes, deve-se sobretudo respeita-lo e abrir os braços para um abraço sincero. Nossa linda cidade poderia ser visitada a bordo de um catamarã fazendo o circuito do rio Capibaribe para olharem o Palácio do Campo das Princesas, o Marco Zero, o Parque das Esculturas.
A pé já que estavam tão perto, andar pelo Recife Antigo com o Paço do Frevo e os armazéns transformados em Museus do Cais ao Sertão e o Centro de Artesanato. Mais um pouquinho, deveriam aproveitar para ver Olinda e o Museu de Ricardo Brennand. Que tal o Teatro de Santa Izabel e a Praça da República? Uma esticadinha a Boa Viagem, nosso cartão postal também seria bom. Estaríamos com isso escondendo nossas dificuldades sociais? Não, a intenção não seria essa, mas não é justo entregarmos a estação do metrô para eles limparem, recolherem o lixo, ensaca-lo e ainda fazer propaganda desse ato nos jornais.
Recordar que na Copa do Mundo eles limparam o que sujaram na Arena. Fizeram muito bem, o lixo era deles. Agora, receber visitantes em sua casa, oferecer um jantar e mandar que eles limpem os pratos não dá. Também quando vou no verão para a Enseada dos Golfinhos ando com meu saco de lixo pois não admito que uma casquinha de amendoim ou um pauzinho de um gostoso picolé sujem aquela areia. Não faço isso hoje, pois foi um hábito ensinado na infância em casa e na escola e essas lições não se esquece. Quem teu seu cãozinho tem que andar com um saco para coletar o cocô que ele faz na rua. Se não ensinar isso na infância fica difícil de aprender depois e ai a gente vê a lástima da educação infantil gerando adultos que jogam sofás nos canais e depois reclamam das inundações.
Essa geração está perdida, não aprende mais nada porque até se nega a aprender. Os ônibus, os vagões de metrô são imundos, e qualquer evento público mostra quem o frequentou. Estive em Julho em Campos do Jordão e voltei encantado com tudo que vi e o que eu não vi, que foi qualquer papel no chão. Civilidade é isso.
Acho a oportunidade da visita dos japoneses à nossa cidade um ótimo momento para a Prefeitura deflagrar um movimento permanente em todas as escolas, assim como também o Governo do Estado em toda a rede de ensino do culto à reciclagem e à limpeza. Não plaquinhas na rua pedindo para não jogar lixo. Não é esse o modelo. Educação continuada, sem tréguas, diária, propaganda maciça mesmo. Teríamos assim um futuro melhor. Não fazendo isso, na próxima visita dos nipônicos, vamos pedir para trazerem também asfalto para tapar nossos buracos. O Recife não é assim, está assim.
A pé já que estavam tão perto, andar pelo Recife Antigo com o Paço do Frevo e os armazéns transformados em Museus do Cais ao Sertão e o Centro de Artesanato. Mais um pouquinho, deveriam aproveitar para ver Olinda e o Museu de Ricardo Brennand. Que tal o Teatro de Santa Izabel e a Praça da República? Uma esticadinha a Boa Viagem, nosso cartão postal também seria bom. Estaríamos com isso escondendo nossas dificuldades sociais? Não, a intenção não seria essa, mas não é justo entregarmos a estação do metrô para eles limparem, recolherem o lixo, ensaca-lo e ainda fazer propaganda desse ato nos jornais.
Recordar que na Copa do Mundo eles limparam o que sujaram na Arena. Fizeram muito bem, o lixo era deles. Agora, receber visitantes em sua casa, oferecer um jantar e mandar que eles limpem os pratos não dá. Também quando vou no verão para a Enseada dos Golfinhos ando com meu saco de lixo pois não admito que uma casquinha de amendoim ou um pauzinho de um gostoso picolé sujem aquela areia. Não faço isso hoje, pois foi um hábito ensinado na infância em casa e na escola e essas lições não se esquece. Quem teu seu cãozinho tem que andar com um saco para coletar o cocô que ele faz na rua. Se não ensinar isso na infância fica difícil de aprender depois e ai a gente vê a lástima da educação infantil gerando adultos que jogam sofás nos canais e depois reclamam das inundações.
Essa geração está perdida, não aprende mais nada porque até se nega a aprender. Os ônibus, os vagões de metrô são imundos, e qualquer evento público mostra quem o frequentou. Estive em Julho em Campos do Jordão e voltei encantado com tudo que vi e o que eu não vi, que foi qualquer papel no chão. Civilidade é isso.
Acho a oportunidade da visita dos japoneses à nossa cidade um ótimo momento para a Prefeitura deflagrar um movimento permanente em todas as escolas, assim como também o Governo do Estado em toda a rede de ensino do culto à reciclagem e à limpeza. Não plaquinhas na rua pedindo para não jogar lixo. Não é esse o modelo. Educação continuada, sem tréguas, diária, propaganda maciça mesmo. Teríamos assim um futuro melhor. Não fazendo isso, na próxima visita dos nipônicos, vamos pedir para trazerem também asfalto para tapar nossos buracos. O Recife não é assim, está assim.