Antonio Peregrino
Presidente da Academia Pernambucana de Medicina
Publicação: 06/08/2025 03:00
No longínquo 21 de abril de 1927, inaugurava-se em Pernambuco a edificação no bairro recifense do Derby denominada atualmente de Memorial da Medicina de Pernambuco.
A majestosa obra limita-se no lado esquerdo de quem a olha de frente com nosso consagrado Rio Capibaribe e foi desenhada com particular esmero pelo arquiteto greco-italiano Giacomo Palumbo.
Representa o sonho da criação do primeiro curso médico em nosso estado idealizado por doutor Octávio de Freitas, um piauiense residente e encantado pelas nossas plagas, formado previamente em Direito pela Faculdade de Direito do Recife e em Medicina pela Faculdade de Medicina da Bahia.
Sua utopia e uma descomedida garra levaram-no a conseguir o terreno no Derby, doado pelo então govenador de Pernambuco, José Bezerra e, tão logo recebeu aquele chão, com igual valentia, mandou erguer a edificação com empréstimos bancários que fez em seu próprio nome.
No dia da inauguração do prédio, promoveu uma pomposa cerimônia de formatura da segunda turma de médicos em nosso estado estabelecendo-se oficialmente a Faculdade de Medicina do Recife (FMR): uma construção em estilo neoclássico representando o suntuoso marco do ensino de médico em Pernambuco.
Anteriormente, e igualmente sob a direção de ensino de Octávio de Freitas, já havia sido graduada uma primeira turma: seis alunos concluíram o curso em 31 de dezembro de 1925 estudando em modestas e interinas instalações nas dependências da Escola de Engenharia no Largo do Hospício e, posteriormente, em salas de velhos prédios do bairro da Boa Vista. Mas o prédio do Derby formalizava a casa de formação de médicos em Pernambuco.
A então criada faculdade, funcionou regularmente no Derby até o ano de 1958 quando da criação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Naquela ocasião, professores e construção (acervo humano e físico) foram incorporados ao governo federal e o curso médico foi deslocado para a Cidade Universitária no bairro recifense da Várzea.
O prédio da FMR passou a ser usado pelo Colégio Militar do Recife e, posteriormente, pela Comissão de Vestibular e Processos Seletivos da UFPE (Covest). Mas retornou às suas origens de Casa, talvez melhor, de Templo da Medicina de Pernambuco, quando há mais de 40 anos passou a abrigar, com o nome de Memorial da Medicina de Pernambuco grandes entidades médicas do nosso estado: Academia Pernambucana de Medicina; Instituto Pernambucano de História da Medicina; Museu da Medicina de Pernambuco; Associação dos Ex-Alunos da Faculdade de Medicina do Recife; Sociedade Brasileira de Médicos Escritores - Regional Pernambuco e o Instituto de Pesquisas e Estudos da Terceira Idade.
É com lamentação que a Medicina pernambucana constata que, à falta de cuidados de manutenção pelo proprietário federal, através da sua UFPE, o Memorial da Medicina está em ruínas, interditado para uso, gritando por urgentes atenções para sua restauração e retorno das instituições médicas que ratificam se tratar do local onde a medicina pernambucana é iniciada e de onde emana sua história e cultura.
Prédio interditado, tapumes do lado de fora, instalações internas deteriorando, umidade e fungos. A história médica clama por respeito e ações!
A majestosa obra limita-se no lado esquerdo de quem a olha de frente com nosso consagrado Rio Capibaribe e foi desenhada com particular esmero pelo arquiteto greco-italiano Giacomo Palumbo.
Representa o sonho da criação do primeiro curso médico em nosso estado idealizado por doutor Octávio de Freitas, um piauiense residente e encantado pelas nossas plagas, formado previamente em Direito pela Faculdade de Direito do Recife e em Medicina pela Faculdade de Medicina da Bahia.
Sua utopia e uma descomedida garra levaram-no a conseguir o terreno no Derby, doado pelo então govenador de Pernambuco, José Bezerra e, tão logo recebeu aquele chão, com igual valentia, mandou erguer a edificação com empréstimos bancários que fez em seu próprio nome.
No dia da inauguração do prédio, promoveu uma pomposa cerimônia de formatura da segunda turma de médicos em nosso estado estabelecendo-se oficialmente a Faculdade de Medicina do Recife (FMR): uma construção em estilo neoclássico representando o suntuoso marco do ensino de médico em Pernambuco.
Anteriormente, e igualmente sob a direção de ensino de Octávio de Freitas, já havia sido graduada uma primeira turma: seis alunos concluíram o curso em 31 de dezembro de 1925 estudando em modestas e interinas instalações nas dependências da Escola de Engenharia no Largo do Hospício e, posteriormente, em salas de velhos prédios do bairro da Boa Vista. Mas o prédio do Derby formalizava a casa de formação de médicos em Pernambuco.
A então criada faculdade, funcionou regularmente no Derby até o ano de 1958 quando da criação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Naquela ocasião, professores e construção (acervo humano e físico) foram incorporados ao governo federal e o curso médico foi deslocado para a Cidade Universitária no bairro recifense da Várzea.
O prédio da FMR passou a ser usado pelo Colégio Militar do Recife e, posteriormente, pela Comissão de Vestibular e Processos Seletivos da UFPE (Covest). Mas retornou às suas origens de Casa, talvez melhor, de Templo da Medicina de Pernambuco, quando há mais de 40 anos passou a abrigar, com o nome de Memorial da Medicina de Pernambuco grandes entidades médicas do nosso estado: Academia Pernambucana de Medicina; Instituto Pernambucano de História da Medicina; Museu da Medicina de Pernambuco; Associação dos Ex-Alunos da Faculdade de Medicina do Recife; Sociedade Brasileira de Médicos Escritores - Regional Pernambuco e o Instituto de Pesquisas e Estudos da Terceira Idade.
É com lamentação que a Medicina pernambucana constata que, à falta de cuidados de manutenção pelo proprietário federal, através da sua UFPE, o Memorial da Medicina está em ruínas, interditado para uso, gritando por urgentes atenções para sua restauração e retorno das instituições médicas que ratificam se tratar do local onde a medicina pernambucana é iniciada e de onde emana sua história e cultura.
Prédio interditado, tapumes do lado de fora, instalações internas deteriorando, umidade e fungos. A história médica clama por respeito e ações!