Paulo Gustavo de Araújo Cunha
Membro da Academia Brasileira Rotária de Letras
Publicação: 04/03/2016 03:00
A revolução industrial nos séculos 18 e 19 em alguns países da Europa - sobretudo na Grã Bretanha - representou a mais importante tranformação socioeconômica, religiosa e cultural da história da civilização, evoluindo de uma sociedade rural e agrária, de grande pobreza, onde a mulher submissa ajudava o marido nas plantações, para uma sociedade urbana-industrial, com destaque à tecelagem e a máquina substituindo o ser humano, na qual a mulher viria constituir sua principal força de trabalho.
Foi motivada por vários fatores, a partir da reforma protestante de Lutero e Calvino, incentivando o homem a buscar a riqueza, sem ser pecado como dito pela religião católica; ao lado da prensa móvel de Gutemberg possibilitando a propagação de novos conhecimentos acessiveis ao povo, até então exclusivos dos mosteiros e, finalmente, a rebeldia do rei Henrique VIII rompendo com o Papa de Roma, crianda a igreja luterana inglesa, exemplo logo seguido por muitos reinos europeus.
Com o apoio do Estado inglês pôde o homem buscar a inovação tecnológica, na época representada pela substituição parcial do homem pela máquina - das toscas rocas para teares, aumentando significantemente a oferta de produtos têxteis, mais baratos, de mais fácil aquisição pela população mais pobre. Em 1730 James Kay criou a lançadeira de madeira para teares. Em 1765- James Hargreaves desenvolveu a máquina de fiação jenny, de múltiplos fios, seguido pelo novo tear de Richard Arkwright. Após, James Watts desenvolveu o motor a vapor para teares.
Surgia o Capitalismo, o empresário buscando o lucro aplicando seus recursos financeiros!
O custo urbano mais elevado forçou mulheres e filhas buscarem o trabalho nas fábricas, em adição à renda familiar. Bem verdade, que as condições eram inferiores às dos homens, com salários bem menores para as mesmas funções; cargas horarias que chegavam a 18 horas /dia, sete dias por semana; emprego de crianças de baixa idade; toscos alojamentos para permoite com alimentação precária, tudo severamente supervisionado pelos feitores- masculinos. A população de Londres aumentou de 800 mil habitantes, em 1780, para cerca de cinco milhões, em 1880!
O Parlamento inglês ditava a legislação das fábricas constituído, porém, de homens endinheirados e muitas vezes insensíveis aos pleitos feministas. Surge o Sindicalismo com o Cartismo e o Ludismo!
As péssimas condições de trabalho de mulheres e crianças ensejaram a criação de movimentos reivindicatórios por melhores condições de salubridade, higiene, repouso semanal, idade mínima de crianças e outras, sendo criado o Cartismo, em 1836, congregando na Grã Bretanha milhares de trabalhadores e o apoio da igreja, através de plebiscito com milhares de assinaturas e uma Carta ao Povo, de William Lovett, reivindicando do Parlamento além das melhorias no trabalho, o direito de voto! O Ludismo criado por Ned Ludd, em 1811, moveu uma luta contra as máquinas, como responsáveis pelo desemprego e a escravidão humana! Deflagraram invasões das fábricas, quebra dos equipamentos e o assassinato de empresários. O governo reagiu em defesa das propriedades, em Nottinghan, com 23 pessoas executadas , em 1812, e muitas outras deportadas para a Austrália.
Em 1818 foi obtido o direito de voto feminino e, em1823, o Relatório de Sadler denunciou as precárias condições de trabalho e de vida dos operários, com violação dos direitos humanos. Por fim, para evitar maiores distúrbios, o governo inglês determinou medidas disciplinando as jornadas de trabalho, idade mínima requerida, descanso aos domingos, condições de higiene, iluminação e ventilação adequadas, obrigatoriedade de fornecimento de adequado vestuário, educação e alojamento, tudo, sujeito a rigorosa inspeção governamental.
Ao final, restaram duas consequências importantes: uma decisiva conquista da mulher em busca de sua independência, pelo trabalho e, o que estaria presente em todo o futuro, o embate entre o Capitalismo de Adam Smith e o Socialismo de Karl Marx.
Foi motivada por vários fatores, a partir da reforma protestante de Lutero e Calvino, incentivando o homem a buscar a riqueza, sem ser pecado como dito pela religião católica; ao lado da prensa móvel de Gutemberg possibilitando a propagação de novos conhecimentos acessiveis ao povo, até então exclusivos dos mosteiros e, finalmente, a rebeldia do rei Henrique VIII rompendo com o Papa de Roma, crianda a igreja luterana inglesa, exemplo logo seguido por muitos reinos europeus.
Com o apoio do Estado inglês pôde o homem buscar a inovação tecnológica, na época representada pela substituição parcial do homem pela máquina - das toscas rocas para teares, aumentando significantemente a oferta de produtos têxteis, mais baratos, de mais fácil aquisição pela população mais pobre. Em 1730 James Kay criou a lançadeira de madeira para teares. Em 1765- James Hargreaves desenvolveu a máquina de fiação jenny, de múltiplos fios, seguido pelo novo tear de Richard Arkwright. Após, James Watts desenvolveu o motor a vapor para teares.
Surgia o Capitalismo, o empresário buscando o lucro aplicando seus recursos financeiros!
O custo urbano mais elevado forçou mulheres e filhas buscarem o trabalho nas fábricas, em adição à renda familiar. Bem verdade, que as condições eram inferiores às dos homens, com salários bem menores para as mesmas funções; cargas horarias que chegavam a 18 horas /dia, sete dias por semana; emprego de crianças de baixa idade; toscos alojamentos para permoite com alimentação precária, tudo severamente supervisionado pelos feitores- masculinos. A população de Londres aumentou de 800 mil habitantes, em 1780, para cerca de cinco milhões, em 1880!
O Parlamento inglês ditava a legislação das fábricas constituído, porém, de homens endinheirados e muitas vezes insensíveis aos pleitos feministas. Surge o Sindicalismo com o Cartismo e o Ludismo!
As péssimas condições de trabalho de mulheres e crianças ensejaram a criação de movimentos reivindicatórios por melhores condições de salubridade, higiene, repouso semanal, idade mínima de crianças e outras, sendo criado o Cartismo, em 1836, congregando na Grã Bretanha milhares de trabalhadores e o apoio da igreja, através de plebiscito com milhares de assinaturas e uma Carta ao Povo, de William Lovett, reivindicando do Parlamento além das melhorias no trabalho, o direito de voto! O Ludismo criado por Ned Ludd, em 1811, moveu uma luta contra as máquinas, como responsáveis pelo desemprego e a escravidão humana! Deflagraram invasões das fábricas, quebra dos equipamentos e o assassinato de empresários. O governo reagiu em defesa das propriedades, em Nottinghan, com 23 pessoas executadas , em 1812, e muitas outras deportadas para a Austrália.
Em 1818 foi obtido o direito de voto feminino e, em1823, o Relatório de Sadler denunciou as precárias condições de trabalho e de vida dos operários, com violação dos direitos humanos. Por fim, para evitar maiores distúrbios, o governo inglês determinou medidas disciplinando as jornadas de trabalho, idade mínima requerida, descanso aos domingos, condições de higiene, iluminação e ventilação adequadas, obrigatoriedade de fornecimento de adequado vestuário, educação e alojamento, tudo, sujeito a rigorosa inspeção governamental.
Ao final, restaram duas consequências importantes: uma decisiva conquista da mulher em busca de sua independência, pelo trabalho e, o que estaria presente em todo o futuro, o embate entre o Capitalismo de Adam Smith e o Socialismo de Karl Marx.