Roque de Brito Alves
Membro da Academia Pernambucana de Letras
Publicação: 19/05/2016 03:00
1 - Historicamente, o barroco foi o primeiro grande movimento contra o estilo da Renascença que submetia o ideal de Beleza ao da antiguidade clássica greco-romana, concedendo maior liberdade ao artista que podia mais criar do que somente copiar um modelo já estabelecido. Sem dúvida, os séculos XVII e XVIII na Europa constituem o maior período de florescimento da arte barroca, na pintura, escultura e arquitetura e que correspondia a uma certa concepção do mundo, a algo mais cultural que uma simples manifestação estética, em nossa compreensão, e em muitos países representou a sua era de ouro na arte.
2 - Mesmo assim, é também inegável que ainda hoje o adjetivo “barroco” em certos setores da arte ou como errônea opinião comum, vulgar é apreciado ou definido pejorativamente de uma forma negativa ou depreciativa em seu significado, sem grande valor como um estilo ou símbolo de uma época, sempre em termos de algo “extravagante”, “irregular”, “excessivo”, de grande pompa sem conteúdo. Ao contrário, entendemos que o seu significado de monumental, grandioso, de grande impacto na obra de arte causa sempre admiração por suas formas livres, arrojadas, imensas (como exemplo na obra de Bernini em Roma, no Séc. XVII) na arquitetura, ou na pintura pelas cores fortes, pelo “jogo do claro e escuro (sombra e luz como em Rembrandt e Caravaggio), dos detalhes nos retratos dos personagens (em Rubens, Van Dyck, Tiepolo, Velazquez, Vermeer, etc. somente para citar estes) ou das paisagens e “fêtes galantes” de Boucher, Watteau e Fragonard na França no Séc. XVIII. Nos retratos, os grandes pintores barrocos como que tentavam descobrir a alma dos personagens à exemplo das tragédias de Shakespeare (em Rubens, Van Dyck e Hals).
Tal tendência ao monumental, às formas livres, assimétricas tornou-se excessiva sobretudo com o estilo rococó (e o neo-rococó) que em nossa opinião é o “barroco delirante” como observamos no Museu Hermitage (São Petersburgo, Rússia) e nas talhas douradas e nas volutas de igrejas alemãs, austríacas e inclusive em brasileiras. Também, particularmente, na porcelana de Meissen (Alemanha), no Séc. XVIII, e na francesa da 2a metade do Séc. XIX sobretudo com a obra de Jacob Petit.
3 - De uma forma original, quem olha, examina, quem fica em frente de uma pintura barroca transforma-se de simples expectador em “testemunha” do que vê, “sente” o que a tela transmite, não lhe fica indiferente ou recebe um grande impacto ao entrar em um edifício barroco como na Igreja de São Pedro em Roma, nos castelos do Rei Luis na Baviera, no Palácio de Versalhes, etc. quando, então, o ser humano sente-se bem pequeno perante a grandiosidade da obra e uma como que eternidade que está impregnada na mesma.
2 - Mesmo assim, é também inegável que ainda hoje o adjetivo “barroco” em certos setores da arte ou como errônea opinião comum, vulgar é apreciado ou definido pejorativamente de uma forma negativa ou depreciativa em seu significado, sem grande valor como um estilo ou símbolo de uma época, sempre em termos de algo “extravagante”, “irregular”, “excessivo”, de grande pompa sem conteúdo. Ao contrário, entendemos que o seu significado de monumental, grandioso, de grande impacto na obra de arte causa sempre admiração por suas formas livres, arrojadas, imensas (como exemplo na obra de Bernini em Roma, no Séc. XVII) na arquitetura, ou na pintura pelas cores fortes, pelo “jogo do claro e escuro (sombra e luz como em Rembrandt e Caravaggio), dos detalhes nos retratos dos personagens (em Rubens, Van Dyck, Tiepolo, Velazquez, Vermeer, etc. somente para citar estes) ou das paisagens e “fêtes galantes” de Boucher, Watteau e Fragonard na França no Séc. XVIII. Nos retratos, os grandes pintores barrocos como que tentavam descobrir a alma dos personagens à exemplo das tragédias de Shakespeare (em Rubens, Van Dyck e Hals).
Tal tendência ao monumental, às formas livres, assimétricas tornou-se excessiva sobretudo com o estilo rococó (e o neo-rococó) que em nossa opinião é o “barroco delirante” como observamos no Museu Hermitage (São Petersburgo, Rússia) e nas talhas douradas e nas volutas de igrejas alemãs, austríacas e inclusive em brasileiras. Também, particularmente, na porcelana de Meissen (Alemanha), no Séc. XVIII, e na francesa da 2a metade do Séc. XIX sobretudo com a obra de Jacob Petit.
3 - De uma forma original, quem olha, examina, quem fica em frente de uma pintura barroca transforma-se de simples expectador em “testemunha” do que vê, “sente” o que a tela transmite, não lhe fica indiferente ou recebe um grande impacto ao entrar em um edifício barroco como na Igreja de São Pedro em Roma, nos castelos do Rei Luis na Baviera, no Palácio de Versalhes, etc. quando, então, o ser humano sente-se bem pequeno perante a grandiosidade da obra e uma como que eternidade que está impregnada na mesma.