Sebastião Barreto Campello
Professor aposentado da UFPE
Publicação: 17/06/2016 03:00
O Recife é uma cidade plana, situação que dificulta a sua drenagem. Entretanto tem uma grande quantidade de canais e riachos que facilitam o escoamento das águas das chuvas.
Falo com a autoridade de quem foi secretário de Obras da Prefeitura do Recife, há 52 anos e que praticamente acabamos com os grandes alagamentos que se sucediam às fortes precipitações pluviométricas durante os invernos. Em plena chuva eu saia de carro e marcava nos postes os pontos de alagamento. Quando parava a chuva ia ver se descobria a razão do alagado.
As ruas são aparentemente planas, mas têm uma leve inclinação até um ponto baixo e voltam a ter uma inclinação ascendente para atingir um ponto alto, voltam a inclinar-se para baixo, formando vários pontos baixos, locais onde coloca-se uma sarjeta de escoamento das águas pluviais. Como o construtor responsável pela pavimentação é normalmente distinto do construtor do sistema de drenagem, muitas vezes a sarjeta não fica no ponto baixo e dá-se o alagamento. O segundo ponto que me parece importante é aumentar a velocidade da água nos canais e pequenos rios que recebem as águas do sistema de drenagem nas grandes precipitações. Isso pode ser feito por meio de um dispositivo chamado “Hélice de Arquimedes”. Finalmente, é preciso retirar a areia que se deposita nos tubos do sistema de drenagem. Essa é a mais importante das providências.
Lembro-me que conseguimos desobstruir a galeria da rua da Concórdia que tem 1,00 m. de diâmetro e que estava completamente cheia de areia, deixando só 0,10 m. livre.
Na Barão de Souza Leão, no Mar Hotel, havia um grande alagamento e ao lado do Colégio Americano havia uma verdadeira lagoa. Feito o nivelamento topográfico, descobrimos que o Canal do Setúbal tinha uma cota acima desses pontos e não se podia escoar as águas das chuvas. Descobrimos, também, que o Rio Jordão, quase a um quilometro de distância, ficava bem abaixo das cotas desses pontos. Construímos uma galeria de escoamento dessas águas e resolveu-se o problema. Na lagoa, ao lado do Colégio Americano, escoada as águas, encontramos um jacaré com 3,50 m. de comprimento.
O principal é a equipe sair em dia chuvoso, em lugar de ficar no escritório, para verificar os pontos de alagamento e, depois, diagnosticar a causa.
Falo com a autoridade de quem foi secretário de Obras da Prefeitura do Recife, há 52 anos e que praticamente acabamos com os grandes alagamentos que se sucediam às fortes precipitações pluviométricas durante os invernos. Em plena chuva eu saia de carro e marcava nos postes os pontos de alagamento. Quando parava a chuva ia ver se descobria a razão do alagado.
As ruas são aparentemente planas, mas têm uma leve inclinação até um ponto baixo e voltam a ter uma inclinação ascendente para atingir um ponto alto, voltam a inclinar-se para baixo, formando vários pontos baixos, locais onde coloca-se uma sarjeta de escoamento das águas pluviais. Como o construtor responsável pela pavimentação é normalmente distinto do construtor do sistema de drenagem, muitas vezes a sarjeta não fica no ponto baixo e dá-se o alagamento. O segundo ponto que me parece importante é aumentar a velocidade da água nos canais e pequenos rios que recebem as águas do sistema de drenagem nas grandes precipitações. Isso pode ser feito por meio de um dispositivo chamado “Hélice de Arquimedes”. Finalmente, é preciso retirar a areia que se deposita nos tubos do sistema de drenagem. Essa é a mais importante das providências.
Lembro-me que conseguimos desobstruir a galeria da rua da Concórdia que tem 1,00 m. de diâmetro e que estava completamente cheia de areia, deixando só 0,10 m. livre.
Na Barão de Souza Leão, no Mar Hotel, havia um grande alagamento e ao lado do Colégio Americano havia uma verdadeira lagoa. Feito o nivelamento topográfico, descobrimos que o Canal do Setúbal tinha uma cota acima desses pontos e não se podia escoar as águas das chuvas. Descobrimos, também, que o Rio Jordão, quase a um quilometro de distância, ficava bem abaixo das cotas desses pontos. Construímos uma galeria de escoamento dessas águas e resolveu-se o problema. Na lagoa, ao lado do Colégio Americano, escoada as águas, encontramos um jacaré com 3,50 m. de comprimento.
O principal é a equipe sair em dia chuvoso, em lugar de ficar no escritório, para verificar os pontos de alagamento e, depois, diagnosticar a causa.