Delmiro Campos
Advogado
Publicação: 08/01/2025 03:00
O Brasil consolidou o 8 de janeiro como um marco na defesa da democracia, um episódio que impõe uma reflexão profunda sobre os alarmantes números da violência social e política, bem como sobre os atentados ao Estado Democrático de Direito. O país assistiu estarrecido à invasão e depredação de seus principais símbolos institucionais, um ato que revelou fragilidades, mas também reafirmou a resiliência das instituições.
Embora persistam discussões acadêmicas e jurídicas sobre a configuração daquele dia como uma tentativa de golpe de Estado, é inegável o sentimento de repúdio coletivo diante das cenas que testemunhamos. O Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal foram alvos de uma fúria descontrolada, promovida por aqueles que se autoproclamam patriotas, mas que, na prática, atentaram contra a própria soberania nacional.
Não há dúvidas de que vivemos uma crise na democracia brasileira. Apesar da firmeza das instituições e do protagonismo do Judiciário, que por si só mantém acesa a discussão sobre pesos e contrapesos e eventuais excessos institucionais, os acontecimentos do 8 de janeiro exigem respostas contundentes. Mais do que punições exemplares, é preciso compreender e tratar as causas desse extremismo, promovendo uma sociedade politicamente mais consciente e avessa ao autoritarismo.
Uma pesquisa recente da Quaest revelou que 86% dos entrevistados desaprovam as invasões do 8 de janeiro. Apenas 7% manifestaram apoio aos atos antidemocráticos, enquanto outros 7% não souberam ou não quiseram responder. O que chama atenção, contudo, é a redução do índice de reprovação: os números iniciais apontavam 94% de rejeição, posteriormente 89%, e agora caíram para 86%. Esse decréscimo sinaliza um desafio crucial: a necessidade de um enfrentamento contínuo do tema e da persuasão das vozes que ainda não alcançaram a real gravidade desse tipo de reação. Esse dado reforça a importância de políticas públicas e campanhas de conscientização para resguardar os valores democráticos e impedir que discursos extremistas ganhem espaço no debate público.
O Congresso Nacional, por exemplo, apresenta uma aparente ‘normalidade democrática’ que, conforme ressalta Bernardo Ricupero, se traduz no emparedamento do governo Lula. Esse ambiente levanta dúvidas sobre o real compromisso das lideranças políticas com a governabilidade e reforça a importância de um debate contínuo sobre a estabilidade democrática no país. O desafio é garantir que essa tensão institucional não se traduza em paralisia decisória ou enfraquecimento dos mecanismos democráticos. O equilíbrio entre governabilidade e fiscalização deve ser aprimorado para que as instituições continuem funcionando em prol do interesse público, sem comprometer a estabilidade política necessária para o avanço do país.
O fortalecimento da democracia e a estabilidade política estão diretamente ligados à recuperação econômica do país. Um ambiente político estável e instituições sólidas são fundamentais para atrair investimentos, gerar empregos e fomentar o crescimento sustentável. Dessa forma, ao mesmo tempo que se reforçam as bases democráticas, há uma ressonância direta na recuperação econômica, criando um ciclo virtuoso essencial para o desenvolvimento nacional.
Embora persistam discussões acadêmicas e jurídicas sobre a configuração daquele dia como uma tentativa de golpe de Estado, é inegável o sentimento de repúdio coletivo diante das cenas que testemunhamos. O Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal foram alvos de uma fúria descontrolada, promovida por aqueles que se autoproclamam patriotas, mas que, na prática, atentaram contra a própria soberania nacional.
Não há dúvidas de que vivemos uma crise na democracia brasileira. Apesar da firmeza das instituições e do protagonismo do Judiciário, que por si só mantém acesa a discussão sobre pesos e contrapesos e eventuais excessos institucionais, os acontecimentos do 8 de janeiro exigem respostas contundentes. Mais do que punições exemplares, é preciso compreender e tratar as causas desse extremismo, promovendo uma sociedade politicamente mais consciente e avessa ao autoritarismo.
Uma pesquisa recente da Quaest revelou que 86% dos entrevistados desaprovam as invasões do 8 de janeiro. Apenas 7% manifestaram apoio aos atos antidemocráticos, enquanto outros 7% não souberam ou não quiseram responder. O que chama atenção, contudo, é a redução do índice de reprovação: os números iniciais apontavam 94% de rejeição, posteriormente 89%, e agora caíram para 86%. Esse decréscimo sinaliza um desafio crucial: a necessidade de um enfrentamento contínuo do tema e da persuasão das vozes que ainda não alcançaram a real gravidade desse tipo de reação. Esse dado reforça a importância de políticas públicas e campanhas de conscientização para resguardar os valores democráticos e impedir que discursos extremistas ganhem espaço no debate público.
O Congresso Nacional, por exemplo, apresenta uma aparente ‘normalidade democrática’ que, conforme ressalta Bernardo Ricupero, se traduz no emparedamento do governo Lula. Esse ambiente levanta dúvidas sobre o real compromisso das lideranças políticas com a governabilidade e reforça a importância de um debate contínuo sobre a estabilidade democrática no país. O desafio é garantir que essa tensão institucional não se traduza em paralisia decisória ou enfraquecimento dos mecanismos democráticos. O equilíbrio entre governabilidade e fiscalização deve ser aprimorado para que as instituições continuem funcionando em prol do interesse público, sem comprometer a estabilidade política necessária para o avanço do país.
O fortalecimento da democracia e a estabilidade política estão diretamente ligados à recuperação econômica do país. Um ambiente político estável e instituições sólidas são fundamentais para atrair investimentos, gerar empregos e fomentar o crescimento sustentável. Dessa forma, ao mesmo tempo que se reforçam as bases democráticas, há uma ressonância direta na recuperação econômica, criando um ciclo virtuoso essencial para o desenvolvimento nacional.