O eterno conciliador

João Carlos Silva
Articulista e consultor

Publicação: 25/06/2025 03:00

Em tempos de polarização política, eis que surge uma proposta de Brasil. O ex-presidente Michel Temer propõe um projeto para o Brasil visando 2026. Uma bússola política colocada em questão. Muitos políticos da oposição estão conversando entre si. Procuram Michel Temer para conselhos e diálogos diante de suas propostas. 

O papel de conciliador cabe bem na biografia do homem público Michel Temer. Jurista respeitado, faz da sua vida cotidiana, política correta para quem o procura. Política do bem. Pensa o Brasil no futuro. Não rasga verborragia inútil. Está sendo um timoneiro na construção de um diálogo positivo para um debate consciente e respeitoso. 

Estão colocadas na mesa algumas candidaturas ao pleito de 2026. Oposição com mais nomes, naturalmente. Situação com o nome do presidente Lula, o mais experiente em disputas para Presidência da República. Não pode ser subestimado mesmo com popularidade em declínio. 

Escrevo isso já há algum tempo. Estamos no meio do ano sem uma candidatura construída pela oposição. Lula já está no trecho desde sua posse. Mesmo não sendo mais o mesmo de quando exerceu seus dois primeiros mandatos, Lula tem sua força. 

Do lado de Jair Bolsonaro, o líder da direita, teve gente que não gostou das articulações positivas de Temer em favor do Brasil. Eles só aceitam alguém deles para o embate do ano que vem. Faz sentido. Bolsonaro ainda está fresquinho eleitoralmente para massa da direita que o segue. Enfrenta sérios problemas jurídicos. 

Se vai estar nos palanques em 2026 é outra história. Para isso, necessário é, uma discussão entre os possíveis candidatos da oposição. Buscar um nome terá que ser ungido rapidamente para percorrer o Brasil pregando seu projeto de governo. 

Michel Temer sabe olhar o tabuleiro de xadrez e mexer com sabedoria suas pedras. Muitas conversas entre políticos já citam o que ele tem dito. Pensar o Brasil nesse momento faz mais do que sentido. Temer não agride ninguém fazendo essas colocações pertinentes. Ele pensa o país que governou com espírito público dos mais elevados, reconhecido nos tempos atuais por onde passa. 

O papel de um ex-presidente da República é de dar conselhos aos que o procuram. O equilíbrio em suas palavras demonstram isso. Não diz nada ao vento. Equilibra na experiência que o acompanha desde quando chegou na Câmara dos Deputados. Pelo que pensa, diz, coloca e faz pelo Brasil, não há o que temer.