Vladimir Souza Carvalho
Membro das Academias Sergipana e Itabaianense de Letras
Publicação: 07/06/2025 03:00
Há algum tempo o livro mais editado no mundo era a Bíblia. Já o mais consultado, o catálogo telefônico. Nos dias atuais, o mais lido não é nem livro. Acredite quem quiser, é o celular, que nem é de papel. Contudo, arrastou a atenção de todos para suas teclas, máquina de datilografia reduzida de tamanho, e, em todo lugar, há sempre alguém a vê-lo, digitando alguma mensagem, lendo as notícias, o celular, imponente e majestoso, a matar a carta e tornar obsoleto o telegrama, a aumentar o percentual dos telefonemas, a receber e responder mensagens no WhatsApp, se desdobrando para ser igualmente máquina de fotografia, a se tornar veículo de notícias desde o momento em que o fato ocorre, e, ainda, transmitindo jogos de futebol, e uma infinidade a mais de utilidades. Até na missa, vejo a consulta do celular.
Estamos em plena era do celular e papo encerrado. Em todo lugar, há um celular e sempre uma pessoa a consultá-lo, até nas academias de musculação, a esteira rolando e o atleta vendo o celular, ou, em exercício outro, ou, ainda, entre um exercício e outro, o olhar atento no celular, vício quiçá pior que o do cigarro, porque o celular assumiu um posto de importância tal que percentual imenso da população carrega um em seu bolso, digo, em sua mão, se tornando uma necessidade, sem o qual muitos não vão à rua, eu, por exemplo, a se multiplicar mais do que mosca quando se depara com cheiro de algum alimento atrativo ou não.
Tenho visto pessoas correndo, segurando o celular para gravar a corrida, a selfie nem se fala, ensejando a morte dos fotografados, quando o local é perigoso e a ânsia da foto não permite que se vislumbre o passo que se dá em direção ao além. Registre-se que o celular deixou a máquina fotográfica com complexo de inferioridade, jogando os filmes na lata de lixo.
Não há como escapar do encanto do celular. Há muito fui vencido. No carro, a primeira providência é colocá-lo em lugar acessível, para uma rápida consulta quando o veículo está em movimento, a curiosidade de saber quem é o mensageiro e o teor da mensagem. E por falar em mensagem, o sinal me alertou agora para uma que acaba de chegar. Vou ver quem a mandou e o conteúdo. Pode ser importante. Não há como continuar escrevendo. Solenemente, dou o texto por encerrado.
Estamos em plena era do celular e papo encerrado. Em todo lugar, há um celular e sempre uma pessoa a consultá-lo, até nas academias de musculação, a esteira rolando e o atleta vendo o celular, ou, em exercício outro, ou, ainda, entre um exercício e outro, o olhar atento no celular, vício quiçá pior que o do cigarro, porque o celular assumiu um posto de importância tal que percentual imenso da população carrega um em seu bolso, digo, em sua mão, se tornando uma necessidade, sem o qual muitos não vão à rua, eu, por exemplo, a se multiplicar mais do que mosca quando se depara com cheiro de algum alimento atrativo ou não.
Tenho visto pessoas correndo, segurando o celular para gravar a corrida, a selfie nem se fala, ensejando a morte dos fotografados, quando o local é perigoso e a ânsia da foto não permite que se vislumbre o passo que se dá em direção ao além. Registre-se que o celular deixou a máquina fotográfica com complexo de inferioridade, jogando os filmes na lata de lixo.
Não há como escapar do encanto do celular. Há muito fui vencido. No carro, a primeira providência é colocá-lo em lugar acessível, para uma rápida consulta quando o veículo está em movimento, a curiosidade de saber quem é o mensageiro e o teor da mensagem. E por falar em mensagem, o sinal me alertou agora para uma que acaba de chegar. Vou ver quem a mandou e o conteúdo. Pode ser importante. Não há como continuar escrevendo. Solenemente, dou o texto por encerrado.