Marcus Prado
Jornalista
Publicação: 21/07/2025 03:00
No breve comentário anterior sobre os 50 anos da mentira que, em poucas horas causou um reboliço jamais visto nas ruas centrais do Recife, o alarme falso sobre o estouro da barragem de Tapacurá, deixei em aberto um registro sobre a fake news, que está se alastrando pelo mundo ao mesmo tempo globalizado e repleto de distinções e segmentações.
Esse ciclo acaba criando um ambiente propício para o espalhamento das FN carregadas de violência e ódio neste mundo já dominado pelo caos das polarizações ideológicas, dos embates radicais.
Não vou repetir os lugares comuns que se mostram nas grandes mídias sobre o assunto, embora alguns textos sejam merecedores de releituras. Sabe-se que existe uma multiplicidade de possíveis reflexões quando se decide dialogar sobre esse tema: a verdade.
Detenho-me sobre o que elenca Michiko Kakutani, ex-crítica literária do The New York Times durante quatro décadas, no seu livro A morte da verdade – Notas sobre a mentira na Era Trump” (Editora Intrínseca), um estudo sobre a perda de importância da razão e dos fatos, Prêmio Pulitzer 1998: Melhor Crítica.
Embora não exerça habitualmente o trabalho que a consagrou no seu país, Michiko Kakutani continua sendo admirada pelo seu estilo singular de olhar, ver e julgar o fenômeno da criação literária. Tornou-se uma jornalista de fama cativante. Justifica-se: Ela fazia suas resenhas com a serena segurança de quem sempre tem razão, com notória competência e corajosa independência. Tinha respeito e confiança dos seus leitores. Embora fosse uma estrela vencedora do Pulitzer, não agia como tal. Evitava o circuito de festas literárias e não compartilhava sessões de lançamentos editoriais.
Para Michiko Kakutani, a morte da verdade não tem outra sentença, é morte mesma, sem o purgatório. O seu livro traz ideias pertinentes sobre a disseminação de notícias falsas e seu impacto na sociedade, sobre a falta de investimentos para conter as FN e suas distorções. Ela explora com clareza e detalhes como ataques à imprensa e o uso excessivo desse mecanismo podem minar a democracia e a confiança na informação.
O debate se fortifica num dos pontos mais alarmantes abordados ao longo das suas 270 páginas: a quantidade de alegações falsas feitas pela equipe de comunicação do candidato e depois presidente Donald Trump no seu primeiro mandato. Deixou à mostra que houve a banalização da mentira como uma das armas de campanha em busca do poder. “Trump fomentou a divisão nos Estados Unidos e minou a confiança pública nas instituições governamentais e no próprio processo eleitoral”.
Muitos aguardam as impressões dessa autora sobre o segundo governo Trump, tão polêmico quanto o primeiro, antes de completar um ano. Se ele continua tão parecido com o Hamlet que vive emoções e circunstâncias complexas, raivosas e inesperadas.
Esse ciclo acaba criando um ambiente propício para o espalhamento das FN carregadas de violência e ódio neste mundo já dominado pelo caos das polarizações ideológicas, dos embates radicais.
Não vou repetir os lugares comuns que se mostram nas grandes mídias sobre o assunto, embora alguns textos sejam merecedores de releituras. Sabe-se que existe uma multiplicidade de possíveis reflexões quando se decide dialogar sobre esse tema: a verdade.
Detenho-me sobre o que elenca Michiko Kakutani, ex-crítica literária do The New York Times durante quatro décadas, no seu livro A morte da verdade – Notas sobre a mentira na Era Trump” (Editora Intrínseca), um estudo sobre a perda de importância da razão e dos fatos, Prêmio Pulitzer 1998: Melhor Crítica.
Embora não exerça habitualmente o trabalho que a consagrou no seu país, Michiko Kakutani continua sendo admirada pelo seu estilo singular de olhar, ver e julgar o fenômeno da criação literária. Tornou-se uma jornalista de fama cativante. Justifica-se: Ela fazia suas resenhas com a serena segurança de quem sempre tem razão, com notória competência e corajosa independência. Tinha respeito e confiança dos seus leitores. Embora fosse uma estrela vencedora do Pulitzer, não agia como tal. Evitava o circuito de festas literárias e não compartilhava sessões de lançamentos editoriais.
Para Michiko Kakutani, a morte da verdade não tem outra sentença, é morte mesma, sem o purgatório. O seu livro traz ideias pertinentes sobre a disseminação de notícias falsas e seu impacto na sociedade, sobre a falta de investimentos para conter as FN e suas distorções. Ela explora com clareza e detalhes como ataques à imprensa e o uso excessivo desse mecanismo podem minar a democracia e a confiança na informação.
O debate se fortifica num dos pontos mais alarmantes abordados ao longo das suas 270 páginas: a quantidade de alegações falsas feitas pela equipe de comunicação do candidato e depois presidente Donald Trump no seu primeiro mandato. Deixou à mostra que houve a banalização da mentira como uma das armas de campanha em busca do poder. “Trump fomentou a divisão nos Estados Unidos e minou a confiança pública nas instituições governamentais e no próprio processo eleitoral”.
Muitos aguardam as impressões dessa autora sobre o segundo governo Trump, tão polêmico quanto o primeiro, antes de completar um ano. Se ele continua tão parecido com o Hamlet que vive emoções e circunstâncias complexas, raivosas e inesperadas.