Vladimir Souza Carvalho
Membro das Academias Sergipana e Itabaianense de Letras
Publicação: 09/08/2025 05:00
No início, era um só, nas margens do rio, maré vazia, à procura de algum peixe ou similar. Um, esclareça-se, um gavião, pescoço grosso, mostrando perfeita intimidade com o local, independentemente da presença de uns dois urubus e de ser bairro populoso, a ligar o centro à zona de praia. Depois, apareceu outro gavião, sem despertar minha atenção, até que, um dia, pela manhã, antes das seis horas, vi um deles caminhando em rua paralela às margens do rio, o passo calmo, se inclinando para um lado e para outro, os pés a refletir sua pouca adaptação ao chão asfaltado, o olhar altivo para a frente. Não me deu atenção, eu que passava dirigindo um veículo, como se estivesse acostumado ao mundo da cidade e dos carros.
Observando o fato, Helder me revela que há um ninho de gavião em algum edifício perto de onde mora, daí a presença de um deles. Se há um ninho, em breve teremos outros e outros, como os de bem-te-vi, - no poste de energia elétrica, no fundo do edifício onde resido, há um ninho -, e a população há de crescer, como se verificou com a dos pombos, a ponto de uma jovem, que sempre leva comida para os saguis e gatos, no Calçadão, perguntar, aos que com ela conversam, se alguém quer adotar um pombo. Por ora, nenhuma escritura de doação foi lavrada.
Pois é. Se o número de gavião aumentar, teremos, além dos pombos, que já infestam o Calçadão, - no Mercado Central, o número é sumamente elevado, a encharcar as platibandas do produto de suas defecações -, uma nova ave surge, sem esquecer, em tempos atrás, a presença de rolinhas-fogo-apagou, aqui e ali, aparecendo em locais se colocava milho alpiste. Nunca mais presenciei cenas assim, nem conheço dados a respeito do paradeiro delas.
O manguezal se revela apropriado para saguis, gatos [em número pequeno; de vez em quando, um cão mata uma ninhada de recém nascidos], ratos imensos, e agora gaviões. Para completar, a mata, ao lado do Calçadão, já abriga capivaras. Vi uma saboreando capim, mui calmamente, a cabeça bem altiva, se embrenhando após no meio do mato.
Não deixa de ser um elemento a mais, para, em breve, o local se transformar num jardim zoológico sem divisórias, na junção do homem, animais e a natureza. Talvez os pombos vejam a ideia com bons olhos.
Observando o fato, Helder me revela que há um ninho de gavião em algum edifício perto de onde mora, daí a presença de um deles. Se há um ninho, em breve teremos outros e outros, como os de bem-te-vi, - no poste de energia elétrica, no fundo do edifício onde resido, há um ninho -, e a população há de crescer, como se verificou com a dos pombos, a ponto de uma jovem, que sempre leva comida para os saguis e gatos, no Calçadão, perguntar, aos que com ela conversam, se alguém quer adotar um pombo. Por ora, nenhuma escritura de doação foi lavrada.
Pois é. Se o número de gavião aumentar, teremos, além dos pombos, que já infestam o Calçadão, - no Mercado Central, o número é sumamente elevado, a encharcar as platibandas do produto de suas defecações -, uma nova ave surge, sem esquecer, em tempos atrás, a presença de rolinhas-fogo-apagou, aqui e ali, aparecendo em locais se colocava milho alpiste. Nunca mais presenciei cenas assim, nem conheço dados a respeito do paradeiro delas.
O manguezal se revela apropriado para saguis, gatos [em número pequeno; de vez em quando, um cão mata uma ninhada de recém nascidos], ratos imensos, e agora gaviões. Para completar, a mata, ao lado do Calçadão, já abriga capivaras. Vi uma saboreando capim, mui calmamente, a cabeça bem altiva, se embrenhando após no meio do mato.
Não deixa de ser um elemento a mais, para, em breve, o local se transformar num jardim zoológico sem divisórias, na junção do homem, animais e a natureza. Talvez os pombos vejam a ideia com bons olhos.