RENOVAÇÃO » PT tenta construir consenso para escolher nova direção

Publicação: 20/11/2012 03:00

Isaltino Nascimento (C)
poderia unir diversos
grupos petistas (ANDRÉA RÊGO BARROS/PSB/DIVULGAÇÃO)
Isaltino Nascimento (C) poderia unir diversos grupos petistas
Depois do “vendaval” que atingiu o Partido dos Trabalhadores no estado e resultou na perda de uma das prefeituras de maior visibilidade para a sigla, a do Recife, seus dirigentes estão trabalhando de maneira silenciosa o nome do secretário estadual de Transportes, Isaltino Nascimento (PT), para ser escolhido, por consenso, como o novo presidente estadual em 2013. A mudança só pode ser oficializada após o Processo de Eleição Direta (PED) do PT, marcado novembro do próximo ano. Isaltino teria a missão de reconstruir o partido e trabalhar a unificação interna da sigla, além de reduzir as divergências entre as tendências no que diz respeito aos nomes indicados para integrar a direção nacional.

Segundo informações extraoficiais, o nome de Isaltino estaria sendo ventilado como um dos quadros do partido que reúne condições para trazer “paz” à legenda. “Ele tem experiência. Já foi líder do governo na Assembleia Legislativa e demonstrou capacidade de dialogar tanto com o governo quanto com a oposição. Na eleição municipal deste ano, teve uma postura equilibrada. Houve um entendimento no PT de não entregar os cargos no governo estadual e ele permaneceu. Além disso, Isaltino tem bom trânsito com os partidos da Frente e o PSB”, informou um governista, em reserva.

Nos bastidores, os petistas dizem que a primeira tarefa agora é pacificar a legenda e trabalhar nos bastidores para acalmar os ânimos. Estaria em curso uma orientação nacional petista para ter o mínimo de divergência possível para que o partido reconduza a presidente Dilma Rousseff com tranquilidade e faça com que as chapas sejam eleitas sem atritos locais e no âmbito nacional. Por telefone, Isaltino disse que é cedo discutir a composição de nomes. “O momento agora é construirmos um processo de menos atritos e máximo de unidade”, ponderou. (Cláudia Eloi)