Marisa Gibson
marisagibson.pe@dabr.com.br
diariodepernambuco.com.br
Publicação: 02/12/2014 03:00
O novo ritual
A estratégia do Palácio do Planalto – deixar os novos ministros expostos ao sereno antes de confirmá-los no cargo – quebra um pouco impacto da oficialização dos nomes, a menos que seja algo como Joaquim Levy, futuro ministro da Fazenda, que representa tudo o que a presidente Dilma e o PT negavam até dias atrás. Ontem, foi a vez de Armando Monteiro Neto (PTB), que comandará o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Sem ser do entorno do governo, embora tenha sido apoiado pelo PT na eleição de outubro, a Armando foi, de imediato, mais bem aceito do que Levy (ex-Bradesco), e Kátia Abreu (PMDB), para Agricultura, que continua na berlinda. Por enquanto, Armando já produziu uma unanimidade: tendo presidido a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) por oito anos, afirma-se que ele “fortalecerá a relação do setor produtivo com o governo e terá condições de ajudar o país a retomar o crescimento da indústria e da economia”. Para Pernambuco, ter um ministro é muito bom para o estado, até porque o critério dessa escolha não foi a troca política (o PTB nacional não apoiou Dilma), mas a qualificação de Armando. Ao longo desses quatro anos, a política industrial foi muito criticada pelo setor, e a presidente Dilma deve ter se convencido de que Armando teria condições de aproximar mais o empresariado. Esse jogo, claro, tem mão dupla, e só a partir do primeiro trimestre de 2015, é que se saberá a quantas anda o humor da indústria. Em sua primeira fala, Armando destacou pontos que já vinham sendo colocados por ele, como parlamentar: os elevados custos do Brasil, a complexidade do sistema tributário que onera investimentos e exportações, e um excesso de regulamentação e burocracia que desestimula a atividade produtiva. Assim, no ministério de onde comandará a política industrial, Armando não será um estranho, o que não quer dizer que não terá opositores dentro do governo e no Congresso. Afinal, o PT e o PMDB perderam essa fatia do bolo.
Memória curta
O staff do PSB estadual já apagou o bordão da campanha que chamava o senador Armando Monteiro Neto, futuro ministro do Desenvolvimento, de “mau patrão”. Já já o futuro governador Paulo Câmara (PSB) e o prefeito do Recife Geraldo Julio (PSB) estarão passando pelo ministério de Armando.
Velhos tempos
O que muita gente quer saber: Paulo Câmara (PSB) e Danilo Cabral (PSB) vão voltar a se reunir toda quarta-feira no tradicional restaurante japonês, na Rua do Futuro, como costumavam fazer no governo Eduardo?
A prova
A insistência do PT nordestino em lutar por mais espaço no ministério de Dilma é uma prova de que, apesar de ter garantido a reeleição da presidente, os petistas do lado de cá continuam sem prestígio.
Empenho
A deputada Terezinha Nunes (PSDB) pediu empenho dos colegas na Assembleia para aprovação do projeto de lei enviado pelo governador João Lyra (PSB), que repassa R$ 1 milhão para o Projeto Pró-Criança, instituição sem fins lucrativo que teve seu prédio parcialmente destruído por incêndio em agosto deste ano.
Mais uma vez
Não há um só escândalo politico no Brasil que não seja seguido por clamores a favor de uma reforma política urgente. Agora, o país está sendo empurrado pela roubalheira da Petrobras para adotar um novo sistema político. Alguém desconfia aonde isso vai parar?
A estratégia do Palácio do Planalto – deixar os novos ministros expostos ao sereno antes de confirmá-los no cargo – quebra um pouco impacto da oficialização dos nomes, a menos que seja algo como Joaquim Levy, futuro ministro da Fazenda, que representa tudo o que a presidente Dilma e o PT negavam até dias atrás. Ontem, foi a vez de Armando Monteiro Neto (PTB), que comandará o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Sem ser do entorno do governo, embora tenha sido apoiado pelo PT na eleição de outubro, a Armando foi, de imediato, mais bem aceito do que Levy (ex-Bradesco), e Kátia Abreu (PMDB), para Agricultura, que continua na berlinda. Por enquanto, Armando já produziu uma unanimidade: tendo presidido a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) por oito anos, afirma-se que ele “fortalecerá a relação do setor produtivo com o governo e terá condições de ajudar o país a retomar o crescimento da indústria e da economia”. Para Pernambuco, ter um ministro é muito bom para o estado, até porque o critério dessa escolha não foi a troca política (o PTB nacional não apoiou Dilma), mas a qualificação de Armando. Ao longo desses quatro anos, a política industrial foi muito criticada pelo setor, e a presidente Dilma deve ter se convencido de que Armando teria condições de aproximar mais o empresariado. Esse jogo, claro, tem mão dupla, e só a partir do primeiro trimestre de 2015, é que se saberá a quantas anda o humor da indústria. Em sua primeira fala, Armando destacou pontos que já vinham sendo colocados por ele, como parlamentar: os elevados custos do Brasil, a complexidade do sistema tributário que onera investimentos e exportações, e um excesso de regulamentação e burocracia que desestimula a atividade produtiva. Assim, no ministério de onde comandará a política industrial, Armando não será um estranho, o que não quer dizer que não terá opositores dentro do governo e no Congresso. Afinal, o PT e o PMDB perderam essa fatia do bolo.
Memória curta
O staff do PSB estadual já apagou o bordão da campanha que chamava o senador Armando Monteiro Neto, futuro ministro do Desenvolvimento, de “mau patrão”. Já já o futuro governador Paulo Câmara (PSB) e o prefeito do Recife Geraldo Julio (PSB) estarão passando pelo ministério de Armando.
Velhos tempos
O que muita gente quer saber: Paulo Câmara (PSB) e Danilo Cabral (PSB) vão voltar a se reunir toda quarta-feira no tradicional restaurante japonês, na Rua do Futuro, como costumavam fazer no governo Eduardo?
A prova
A insistência do PT nordestino em lutar por mais espaço no ministério de Dilma é uma prova de que, apesar de ter garantido a reeleição da presidente, os petistas do lado de cá continuam sem prestígio.
Empenho
A deputada Terezinha Nunes (PSDB) pediu empenho dos colegas na Assembleia para aprovação do projeto de lei enviado pelo governador João Lyra (PSB), que repassa R$ 1 milhão para o Projeto Pró-Criança, instituição sem fins lucrativo que teve seu prédio parcialmente destruído por incêndio em agosto deste ano.
Mais uma vez
Não há um só escândalo politico no Brasil que não seja seguido por clamores a favor de uma reforma política urgente. Agora, o país está sendo empurrado pela roubalheira da Petrobras para adotar um novo sistema político. Alguém desconfia aonde isso vai parar?