Publicação: 08/06/2016 03:00
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Deputada divulgou nota dizendo que estava pronta para votar, mas se escondeu |
Questionada sobre se participaria da sessão de amanhã, ela respondeu: “claro, querido, eu nunca falto”. Ela afirmou que ia estudar o voto em separado do deputado João Carlos Bacelar (PR-BA), que prevê punição ao presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Em nota divulgada à imprensa, Tia Eron ainda disse que estava em Brasília “a postos” para cumprir “com sua obrigação no Conselho de Ética”. A deputada é considerada dona do voto decisivo sobre o pedido de cassação de Cunha. No texto, a parlamentar disse ainda ontem que, se a sessão que acabou adiada, alcançasse a fase de votação, teria apresentado seu voto. “Estou convicta da grande expectativa que há em nosso país, referente a esta representação e não me furtarei a cumprir com meu dever”, declarou.
Após acordo entre líderes partidários, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) também adiou a votação do parecer do deputado Arthur Lira (PP-AL) que pode salvar o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de ter o mandato cassado.
O parecer de Lira, que é aliado de Cunha, foi apresentado na última segunda, em resposta à consulta feita pelo presidente interino da Casa, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), sobre o trâmite de votação de processos disciplinares contra parlamentares pelo plenário da Casa.
Em seu parecer, Lira recomendou que o plenário da Câmara deverá deliberar sobre um projeto de Resolução com a decisão final do Conselho de Ética, e não o parecer do relator. Decidiu também que cabem emendas a esse projeto e que elas não podem ser prejudiciais ao representado.
O aliado do presidente afastado da Câmara recomendou que o projeto de Resolução deverá ser “simplesmente arquivado”, com a consequente absolvição do parlamentar processado, caso o projeto seja rejeitado pelo plenário. (AE)
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