PSB se diz forte para disputar 2018
Dirigente nacional do partido, Beto Albuquerque garantiu que resultado do primeiro turno este ano ajudou a consolidar planos para disputar Presidência
Rosália Rangel
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Publicação: 20/10/2016 09:00
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Albuquerque disputou a Vice-Presidência em 2014 ao lado de Marina Silva |
A disposição para participar da disputa desenha um cenário que descarta qualquer posssibilidade de o partido fechar alianças com outras forças políticas em 2018. Isso poderia ocorrer na hipótese de o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), não encontrar espaço em sua própria legenda, e prevalecer, por exemplo, o nome do senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB. A campanha vitoriosa do afilhado político dele, João Doria, para a Prefeitura de São Paulo, no entanto, fortalece o nome do governador dentro do próprio partido. Alckmin chega hoje ao Recife para agenda administrativa.
“O PSDB não é um aliado preferencial do PSB. Uma coisa é ter alianças pontuais em alguns lugares. Outra é fechar uma aliança política nacional. Em Pernambuco, há hegemonia do partido em torno de um projeto para 2018”, assegurou o presidente estadual da legenda, Sileno Guedes. Nos bastidores, comenta-se, inclusive, que, apesar da especulação de uma eventual filiação de Alckmin ao PSB para disputar a eleição presidencial, isso nunca foi dito a ele por integrantes da cúpula do PSB.
Quando questionado sobre integrantes da sigla para concorrer a presidente, Beto Albuquerque frisou que existem vários nomes que podem representar o PSB. “Não temos mais um Eduardo Campos, mas temos coragem de começar tudo de novo. Se ninguém tiver disposição e coragem para o debate presidencial em 2018, eu tenho”, anunciou o socialista que, em 2014, disputou a vaga de vice-presidente na chapa de Marina Silva (Rede). A ex-senadora, na época filiada ao PSB, substituiu Eduardo Campos, que morreu em acidente aéreo em Santos, no litoral paulista, em plena campanha. No primeiro turno da eleição, o PSB elegeu 414 prefeitos, quando, em 2012, saíram vitoriosos 443. Eles disputam ainda em nove cidades, entre elas três capitais: Recife, Goiânia e Aracaju.
Alckmin visita o estado tendo como agenda oficial acompanhar o início dos testes clínicos em humanos da primeira vacina brasileira contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan, da Secretaria de Saúde paulista. O governador Paulo Câmara (PSB) acompanhará a agenda. os dois devem almoçar juntos.
Esta semana foi divulgado um vídeo de apoio do tucano à candidatura de Antônio Campos (PSB) em Olinda. Mas não há previsão de encontro com o candidato socialista. Alckmin desembarca no Recife às 9h e será recebido no aeroporto pelo presidente do PSDB recifense, André Régis, e pelo dirigente do Instituto Teotonio Vilela no estado, o ex-governador Joaquim Francisco. (Com Julia Schiaffarino)