Publicação: 01/04/2017 03:00
O Piauí tem 222 municípios e 24 com nomes de homens poderosos: 10,81% em termos proporcionais. É o estado nordestino, segundo histórias relatadas nos sites das prefeituras e do IBGE, que mais fez referências a líderes políticos, sendo três deles coronéis que nunca tiveram cargo eletivo. Podem ser citados exemplos de Domingos Mourão, conhecido por não guardar desaforo, e de Bertolino Alves e Rocha, cujo nome deu origem à cidade de Bertolínia.
O número de coronéis homenageados no Piauí é parecido com o da Bahia, sendo que alguns poderosos desse último estado se elegeram para mandatos de prefeitos e deputados estaduais, como Cícero Dantas e Coronel João Sá, tendo participação ativa na eleição de governadores.
Os coronéis tiveram o apogeu na República Velha, durante a política de governadores estabelecida pelo presidente Campos Sales. O coronelismo, segundo o especialista em história baiana Luís Carlos Borges da Silva, que escreveu o artigo A vila e o coronel, consolidava seu poder na troca de favores, no voto de cabresto das camadas mais populares, numa época em que o voto não era secreto. Os coronéis, conta ele, usavam símbolos de status para manter sua estrutura de poder e se especializavam em produzir um imaginário nesse sentido. O coronelismo é um conceito que surgiu na década de 1920, depois do próprio patrimonialismo.
O Maranhão, por exemplo, tem tradição de endeusar alguns políticos, herança do patrimonialismo colonial e do coronelismo. É o estado nordestino que mais tem nomes de governadores (10) e presidentes (5). O curioso é que alguns municípios agraciaram ditadores, a exemplo do presidente Médici, dos governadores Newton Bello e Nunes Freire, além dos senadores Alexandre Costa, La Rocque e Vitorino Freire - todos que reforçaram o golpe militar de 1964. “Determinada cidade foi batizada com o nome de tal político porque aquela população acreditava que aquele político traria benesses para a cidade de qualquer espécie”, declarou o professor Edvaldo Júnior.
Império
Dos imperadores que governaram o Brasil, Dom Pedro II é o mais homenageado. Ele foi agraciado com nome de municípios em Pernambuco, Maranhão e Piauí. Sua filha, a Princesa Isabel, e sua mãe, a Imperatriz Leopoldina, também foram citadas. Em Sergipe, Cristinapolense é uma homenagem à imperatriz Teresa Cristina de Bourbon, sua esposa.
O número de coronéis homenageados no Piauí é parecido com o da Bahia, sendo que alguns poderosos desse último estado se elegeram para mandatos de prefeitos e deputados estaduais, como Cícero Dantas e Coronel João Sá, tendo participação ativa na eleição de governadores.
Os coronéis tiveram o apogeu na República Velha, durante a política de governadores estabelecida pelo presidente Campos Sales. O coronelismo, segundo o especialista em história baiana Luís Carlos Borges da Silva, que escreveu o artigo A vila e o coronel, consolidava seu poder na troca de favores, no voto de cabresto das camadas mais populares, numa época em que o voto não era secreto. Os coronéis, conta ele, usavam símbolos de status para manter sua estrutura de poder e se especializavam em produzir um imaginário nesse sentido. O coronelismo é um conceito que surgiu na década de 1920, depois do próprio patrimonialismo.
O Maranhão, por exemplo, tem tradição de endeusar alguns políticos, herança do patrimonialismo colonial e do coronelismo. É o estado nordestino que mais tem nomes de governadores (10) e presidentes (5). O curioso é que alguns municípios agraciaram ditadores, a exemplo do presidente Médici, dos governadores Newton Bello e Nunes Freire, além dos senadores Alexandre Costa, La Rocque e Vitorino Freire - todos que reforçaram o golpe militar de 1964. “Determinada cidade foi batizada com o nome de tal político porque aquela população acreditava que aquele político traria benesses para a cidade de qualquer espécie”, declarou o professor Edvaldo Júnior.
Império
Dos imperadores que governaram o Brasil, Dom Pedro II é o mais homenageado. Ele foi agraciado com nome de municípios em Pernambuco, Maranhão e Piauí. Sua filha, a Princesa Isabel, e sua mãe, a Imperatriz Leopoldina, também foram citadas. Em Sergipe, Cristinapolense é uma homenagem à imperatriz Teresa Cristina de Bourbon, sua esposa.
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