Publicação: 08/09/2017 03:00
Em 2018, a expectativa inicial era de que Paulo e Armando repetissem o duelo de 2014, não fosse o fato novo de um terceiro oponente no tiroteio: o próprio Fernando Bezerra Coelho. Com trajetória política iniciada no PDS, partido aliado do regime militar – portanto, em posição diametralmente oposta ao MDB de Jarbas – ele migrou para o PMDB após a redemocratização e foi eleito deputado federal constituinte pelo partido. Em 1998, trocou de lado novamente e disputou o cargo de vice-governador na chapa encabeçada por Arraes (PSB), derrotada exatamente por Jarbas. Mesmo para quem é pernambucano, às vezes fica difícil acompanhar a evolução do “carrossel”.
Em nova virada de ciclo, após a derrota de Arraes, Bezerra Coelho trocou o PMDB pelo PPS e afastou-se do tiroteio estadual, elegendo-se prefeito de Petrolina. Em 2006, já reeleito, voltaria a alinhar-se aos socialistas contra Jarbas, apoiando a candidatura a governador de Eduardo Campos, de quem se tornaria secretário estadual. Em 2011, em meio a um namoro com o PT, assumiu o Ministério da Integração Nacional, mas manteve a filiação ao PSB e em 2013 acompanhou Eduardo no rompimento com o governo Dilma Rousseff (PT), permanecendo ao lado dos socialistas até 2014, quando foi eleito senador pelo partido.
Com a aproximação do pleito de 2018, mais um ciclo político se fecha para a abertura de outro, que poderá marcar a volta de Bezerra Coelho à oposição, ao lado de Armando Monteiro – seu adversário quatro anos antes – e contra a reeleição de Paulo Câmara, seu ex-companheiro de chapa em 2014.
Na opinião do professor Elton Gomes, um fator que contribuiu pesadamente para esse caleidoscópio de mudanças de lado em Pernambuco foi a morte de Eduardo Campos. “Todos os caciques que estarão envolvidos no pleito de 2018 de alguma forma orbitavam em torno de Eduardo. Com seu desaparecimento, eles perderam o centro e entraram em rota de colisão”, compara. (SM)
Em nova virada de ciclo, após a derrota de Arraes, Bezerra Coelho trocou o PMDB pelo PPS e afastou-se do tiroteio estadual, elegendo-se prefeito de Petrolina. Em 2006, já reeleito, voltaria a alinhar-se aos socialistas contra Jarbas, apoiando a candidatura a governador de Eduardo Campos, de quem se tornaria secretário estadual. Em 2011, em meio a um namoro com o PT, assumiu o Ministério da Integração Nacional, mas manteve a filiação ao PSB e em 2013 acompanhou Eduardo no rompimento com o governo Dilma Rousseff (PT), permanecendo ao lado dos socialistas até 2014, quando foi eleito senador pelo partido.
Com a aproximação do pleito de 2018, mais um ciclo político se fecha para a abertura de outro, que poderá marcar a volta de Bezerra Coelho à oposição, ao lado de Armando Monteiro – seu adversário quatro anos antes – e contra a reeleição de Paulo Câmara, seu ex-companheiro de chapa em 2014.
Na opinião do professor Elton Gomes, um fator que contribuiu pesadamente para esse caleidoscópio de mudanças de lado em Pernambuco foi a morte de Eduardo Campos. “Todos os caciques que estarão envolvidos no pleito de 2018 de alguma forma orbitavam em torno de Eduardo. Com seu desaparecimento, eles perderam o centro e entraram em rota de colisão”, compara. (SM)
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