O ato para receber o ex-presidente Lula em seu segundo depoimento ao juiz Sérgio Moro, em Curitiba, hoje, em ação na qual é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro devido a supostas relações ilícitas com a empreiteira Odebrecht, será menor que o primeiro. Mas os organizadores, ainda assim, temem hostilidade. Foram colocados 33 outdoors pela cidade, um deles a poucos metros do aeroporto, com os dizeres: “Seja bem-vindo!” e uma ilustração do petista dentro de uma cela. Além de um outro texto, dizendo: “A ‘República de Curitiba’ te espera de grades abertas #somostodoslavajato”.

A ação foi coordenada por outras duas frentes de apoio à operação: o Vem pra Rua, que ganhou exposição na esteira do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), e o Brasil Estou Aqui, organização regional.

Em maio, pelo menos cinco mil manifestantes participaram dos atos pró-Lula, segundo a PM. A organização estimou 50 mil pessoas. Grupos a favor e contra não chegaram a se encontrar, mas havia entre alguns militantes a expectativa até de que o ex-presidente fosse preso durante o depoimento. Desta vez, a tensão entre os dirigentes petistas é bem menor. Lula fez questão de ir pessoalmente ao depoimento a Moro, e não se fala em risco de prisão. A prioridade no partido é dar visibilidade às caravanas do pré-candidato, como a ocorrida no Nordeste no mês passado. (Da redação com agências)