Ações de resistência pelo país
Em vários estados, inclusive Pernambuco, representantes de centrais sindicais foram às ruas para contestar a reforma da Previdência
Sávio Gabriel
savio.gabriel@dabr.com.br
Publicação: 20/02/2018 03:00
Nem mesmo a retirada de pauta do projeto que prevê mudanças na Previdência Social desanimou representantes de diversas centrais sindicais do estado. Em Pernambuco, as manifestações contra a iniciativa do governo federal iniciaram ainda pela manhã, com bloqueio de rodovias, incluindo a BR-101, na altura do bairro do Barro, Zona Oeste do Recife. À tarde, uma passeata reuniu centenas de pessoas na região central da capital pernambucana. De acordo com a Central Única dos Trabalhadores (CUT-PE), foram cinco mil participantes. A Polícia Militar não divulgou estimativas até o fechamento desta edição.
Com concentração no Parque 13 de Maio, o ato contou com a participação da CUT-PE e outras oito centrais sindicais. “O fato de Temer ter priorizado a intervenção militar no Rio de Janeiro em vez da Previdência é desculpa por ele não ter maioria no Congresso. Todas as vezes que ameaçarem colocar o tema em votação, vamos parar o país”, afirmou Carlos Veras, presidente da CUT-PE.
Ainda na concentração, uma peça encenada por atores contratados pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social (Sindsprev-PE) chamou a atenção. Na encenação, pai e filha vão a uma agência do INSS para solicitar informações sobre a reforma, quando são surpreendidos por um vampiro com a faixa presidencial. Além de satirizar o tema, o ato criticou parlamentares pernambucanos, já que foi encenada a compra de votos dos deputados federais Jarbas Vasconcelos (MDB), Augusto Coutinho (SD), Cadoca (sem partido) e do ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), para apoio à reforma.
O protesto aconteceu de forma pacífica, seguindo pela Avenida Conde da Boa Vista até o prédio da superintendência regional do INSS, no bairro de Santo Antônio. “Apenas uma parte da população tem conhecimento de que a maioria da sociedade é que será prejudicada com essa medida. Não acredito que eles deixem a reforma para depois”, opinou a auxiliar de desenvolvimento infantil, Branca Ribeiro.
“Não é justo ter mais de R$ 400 milhões em dívidas de empresários que o governo não cobra. A classe trabalhadora não vai pagar”, completou o professor estadual Pedro Ferreira Leão.
BRASIL
Como em Pernambuco, vários outros estados registraram manifestações. Na capital paulista, o protesto ocorreu no vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo), na Avenida Paulista. A via ficou interditada nos dois sentidos. De acordo com os organizadores, 20 mil pessoas, entre eles servidores municipais, participaram da mobilização.
Grupos de manifestantes bloquearam o trânsito em algumas avenidas de Salvador, como a ACM e Paralela, por cerca de duas horas pela manhã. Com isso, passageiros de ônibus tiveram que seguir a viagem a pé. Em Camaçari, região metropolitana de Salvador, um policial militar atirou em um carro de som usado em um protesto.
Em Brasília, manifestantes fizeram um ato no aeroporto internacional Juscelino Kubitscheck à espera de deputados e senadores que chegavam à capital federal. Exibindo faixas e cartazes com frases como Deputado(a), vote contra a Reforma da Previdência e Quem votar (a favor) não volta", os participantes distribuíram panfletos pedindo que os eleitores cobrem dos parlamentares que votem contra as mudanças previdenciárias.
(Com agências)
Com concentração no Parque 13 de Maio, o ato contou com a participação da CUT-PE e outras oito centrais sindicais. “O fato de Temer ter priorizado a intervenção militar no Rio de Janeiro em vez da Previdência é desculpa por ele não ter maioria no Congresso. Todas as vezes que ameaçarem colocar o tema em votação, vamos parar o país”, afirmou Carlos Veras, presidente da CUT-PE.
Ainda na concentração, uma peça encenada por atores contratados pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social (Sindsprev-PE) chamou a atenção. Na encenação, pai e filha vão a uma agência do INSS para solicitar informações sobre a reforma, quando são surpreendidos por um vampiro com a faixa presidencial. Além de satirizar o tema, o ato criticou parlamentares pernambucanos, já que foi encenada a compra de votos dos deputados federais Jarbas Vasconcelos (MDB), Augusto Coutinho (SD), Cadoca (sem partido) e do ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), para apoio à reforma.
O protesto aconteceu de forma pacífica, seguindo pela Avenida Conde da Boa Vista até o prédio da superintendência regional do INSS, no bairro de Santo Antônio. “Apenas uma parte da população tem conhecimento de que a maioria da sociedade é que será prejudicada com essa medida. Não acredito que eles deixem a reforma para depois”, opinou a auxiliar de desenvolvimento infantil, Branca Ribeiro.
“Não é justo ter mais de R$ 400 milhões em dívidas de empresários que o governo não cobra. A classe trabalhadora não vai pagar”, completou o professor estadual Pedro Ferreira Leão.
BRASIL
Como em Pernambuco, vários outros estados registraram manifestações. Na capital paulista, o protesto ocorreu no vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo), na Avenida Paulista. A via ficou interditada nos dois sentidos. De acordo com os organizadores, 20 mil pessoas, entre eles servidores municipais, participaram da mobilização.
Grupos de manifestantes bloquearam o trânsito em algumas avenidas de Salvador, como a ACM e Paralela, por cerca de duas horas pela manhã. Com isso, passageiros de ônibus tiveram que seguir a viagem a pé. Em Camaçari, região metropolitana de Salvador, um policial militar atirou em um carro de som usado em um protesto.
Em Brasília, manifestantes fizeram um ato no aeroporto internacional Juscelino Kubitscheck à espera de deputados e senadores que chegavam à capital federal. Exibindo faixas e cartazes com frases como Deputado(a), vote contra a Reforma da Previdência e Quem votar (a favor) não volta", os participantes distribuíram panfletos pedindo que os eleitores cobrem dos parlamentares que votem contra as mudanças previdenciárias.
(Com agências)