Venezuela e Cuba barradas

Publicação: 17/12/2018 03:00

O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou ontem que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e o presidente de Cuba, Miguel Mario Díaz-Canel, não serão convidados para a sua posse na Presidência da República por serem ditadores.

Bolsonaro deu entrevista ontem quando saiu de casa para ir ao banco e a encerrou quando foi questionado sobre Fabrício Queiroz, o assessor de senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), investigado pelo Ministério Público em um esquema de “mensalinho” na Assembleia Legislativa do Rio de janeiro (Alerj) Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão em sua conta bancária entre 2016 e 2017.

“Ele (Maduro) com certeza não vai receber (um convite para a posse). Nem ele, nem o ditador que substituiu Fidel Castro... Fidel Castro, não, Raúl Castro”, disse Bolsonaro, em rápida entrevista concedida ao parar em um quiosque, na Praia da Barra, na zona oeste, para tomar água de coco - pouco antes ele havia ido ao banco. Ao ser questionado sobre as razões, o presidente respondeu: “Porque é ditadura, não podemos admitir ditadura. O povo lá não tem liberdade.”

Antes de Bolsonaro, o futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmara ontem que Maduro não havia sido convidado para a posse. O chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, contradisse a informação e afirmou que Maduro foi convidado para a posse. Procurado, o Ministério das Relações Exteriores informou que não comentará o assunto.