"Ele vai mostrar que não é Átila, o Huno", diz Mourão

Publicação: 22/01/2019 03:00

O presidente Jair Bolsonaro vai mostrar, no Fórum Econômico Mundial, de Davos, na Suíça, que não é “Átila, o Huno”. A afirmação é do presidente da República em exercício, general Hamilton Mourão, em alusão a Átila, o conquistador da Europa do século 5, conhecido por ser um bárbaro e cruel.

“O discurso do presidente vai ser em cima das reformas da área econômica, reforma da Previdência. E também mostrar que ele não é o Átila, o Huno. É mais um brasileiro como nós.”

Mourão disse que conversou rapidamente com Bolsonaro por mensagem de celular. “Ele mandou ‘zap’ dizendo que chegou bem”. Segundo ele, a recomendação de Bolsonaro durante este período em que o substitui foi simples. “Prudência e caldo de galinha”, relatou.

O presidente em exercício negou qualquer desgaste no governo em decorrência das investigações em torno das movimentações atípicas de Fabrício Queiroz, ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente. “Esse problema é do senador Flávio Bolsonaro. O governo não fica preocupado, pode preocupar o presidente como pai em relação ao filho. Todos nós nos preocupamos com nossos filhos.”

O único compromisso previsto na agenda na parte da manhã foi às 10h, Mourão recebeu Miguel Angelo da Gama Bentes para discutir projetos de mineração estratégica.

Após o almoço, Mourão afirmou que o tempo de serviço prestado pelos militares na ativa deve aumentar, a partir da reforma da Previdência. Questionado se o período de contribuição passaria de 30 anos para 35 anos, Mourão afirmou: “Em tese, é isso aí, com uma tabela para quem já está no serviço, um tempo de transição”.

À tarde, o presidente em exercício teve encontros com os embaixadores da Alemanha, Georg Witschel, e Tailândia, Susarak Suparat, com os quais tratou sobre questões climáticas e reformas.

Sem problemas

No final da tarde, Mourão se reuniu com o coronel Hélcio Bruno de Almeida cujo currículo o descreve como especialista em defesa e segurança com atenção no combate ao terrorismo. Depois, se encontrou com dois generais.

Mourão deixou o Planalto por volta de 18h40, mantendo o bom humor. Questionado por repórteres sobre seu dia, reagiu: “No news, good news. Zero. Sem problemas.”