Na rápida entrevista que concedeu no hall do seu hotel, Jair Bolsonaro também comentou a situação da Venezuela. “O país está com problemas e não é de hoje Esperamos que rapidamente mude o governo da Venezuela”, declarou o presidente brasileiro.

O Brasil e demais países da América Latina, assim como boa parte da comunidade internacional, não reconhecem o governo de Nicolas Maduro, que assumiu um segundo mandato de seis anos no último dia 10 de janeiro, considerando que sua reeleição em maio do ano passado não forneceu garantias para a participação da oposição.

É possível que o tema Venezuela reapareça no discurso de dez minutos que Bolsonaro fará hoje. Sem as presenças de líderes como o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e os principais chefes de estado europeus, o presidente do Brasil se tornou uma das presenças mais aguardadas do Fórum Econômico Mundial.

Bolsonaro terá, quinze minutos antes, uma reunião com o organizador do Fórum, Klaus Schwab. O presidente e seu ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, já se opuseram ao que chamam de “globalismo”, conceito negativo sobre o que seria uma influência internacional excessiva nas políticas nacionais de costumes.

Em manifesto, Schwab indicou que o Fórum deve se adaptar a essa visão, que também é a dos Estados Unidos e a de outros governos que ascenderam nos últimos anos – o organizador falou em “interesses compartilhados” e não mais em “valores compartilhados”, além de defender a “liberdade para diferentes visões nacionais”.