Bolsonaro recua: "Ele responda pelos atos dele"
Três meses antes, presidente declarou que colocaria "a cara toda no fogo"D por Milton Ribeiro e disse que estavam fazendo "uma covardia" contra ele
Cristiane Noberto e Victor Correia
do Correio Braziliense
Publicação: 23/06/2022 03:00
Quase três meses antes da prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, ontem, o presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou confiança pelo pastor e ainda afirmou que que colocaria a “cara toda no fogo” por ele, durante transmissão no canal do chefe do Executivo nas redes sociais, em 24 de março.
“Ele não bota na agenda o nome do corruptor. Eu boto minha cara toda no fogo pelo Milton. O que estão fazendo é uma covardia com ele”, defendeu na ocasião. Bolsonaro ainda frisou que Milton tomaria providências caso houvesse desvios. “Porque não tem corrupção no meu governo porque a gente age dessa maneira. A gente está um passo à frente. Não pode chegar em alguém e falar que ‘ah você está desviando’. Tem que ter provas. O Milton [Ribeiro] tomou as providências”, disse.
Ontem, porém, o presidente se esquivou das perguntas sobre o pastor. “Ele responda pelos atos dele. Eu peço a Deus que não tenha problema nenhum. Mas, se tem algum problema, a PF está agindo, está investigando, é um sinal de que eu não interfiro na PF, porque isso aí vai respingar em mim, obviamente”, disse em entrevista à rádio Itatiaia.
Reação
Pré-candidatos ao Planalto criticaram, ontem, o presidente Jair Bolsonaro (PL) após a prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro pela Polícia Federal. Segundo os presidenciáveis, o caso demonstra corrupção no atual governo. “Bolsonaro diz que fica no governo até quando Deus quiser. Se o pastor Milton Ribeiro cumprir o compromisso cristão de falar a verdade, será um poderoso agente da vontade divina”, escreveu o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) em sua conta no Twitter.
“A prisão preventiva do ex-ministro e de lobistas por suspeita de corrupção revela todo desmando que virou a Educação neste governo”, afirmou a senadora Simone Tebet (MDB). “Corrupção também é marca desse governo. Nas vacinas, na educação, no orçamento secreto”, completou.
“Ele não bota na agenda o nome do corruptor. Eu boto minha cara toda no fogo pelo Milton. O que estão fazendo é uma covardia com ele”, defendeu na ocasião. Bolsonaro ainda frisou que Milton tomaria providências caso houvesse desvios. “Porque não tem corrupção no meu governo porque a gente age dessa maneira. A gente está um passo à frente. Não pode chegar em alguém e falar que ‘ah você está desviando’. Tem que ter provas. O Milton [Ribeiro] tomou as providências”, disse.
Ontem, porém, o presidente se esquivou das perguntas sobre o pastor. “Ele responda pelos atos dele. Eu peço a Deus que não tenha problema nenhum. Mas, se tem algum problema, a PF está agindo, está investigando, é um sinal de que eu não interfiro na PF, porque isso aí vai respingar em mim, obviamente”, disse em entrevista à rádio Itatiaia.
Reação
Pré-candidatos ao Planalto criticaram, ontem, o presidente Jair Bolsonaro (PL) após a prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro pela Polícia Federal. Segundo os presidenciáveis, o caso demonstra corrupção no atual governo. “Bolsonaro diz que fica no governo até quando Deus quiser. Se o pastor Milton Ribeiro cumprir o compromisso cristão de falar a verdade, será um poderoso agente da vontade divina”, escreveu o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) em sua conta no Twitter.
“A prisão preventiva do ex-ministro e de lobistas por suspeita de corrupção revela todo desmando que virou a Educação neste governo”, afirmou a senadora Simone Tebet (MDB). “Corrupção também é marca desse governo. Nas vacinas, na educação, no orçamento secreto”, completou.