Ex-ministro é preso por suspeita de corrupção
Milton Ribeiro foi alvo de operação autorizada pelo STF, que investiga suposta prática de tráfico de influência no Ministério da Educação durante sua gestão
Luana Patriolino e Thays Martins
do Correio Braziliense
Publicação: 23/06/2022 03:00
A Polícia Federal prendeu preventivamente, na manhã de ontem, o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, em Santos, litoral de São Paulo. Ele foi preso em uma operação que investiga esquema de corrupção dentro do Ministério da Educação, com verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada a pasta.
Também são alvos da operação os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL). A PF cumpriu 13 mandatos de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados e cinco de prisão em Goiás, São Paulo, Pará e no Distrito Federal.
A operação foi chamada de Acesso Pago e investiga se houve “tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos” do FNDE. De acordo com a PF, a ação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A prisão ocorre depois da divulgação, em março deste ano, pelo jornal Estado de S. Paulo, de áudios de Milton Ribeiro em que ele falava sobre o favorecimento de municípios que negociavam verbas com pastores, que não tinham cargos no governo. Dias depois, a Folha de S.Paulo divulgou um áudio em que Ribeiro falava que o pedido vinha diretamente do presidente Jair Bolsonaro (PL). Na época, ele negou, em nota, que Bolsonaro tivesse feito esse pedido. Dias depois, ele pediu demissão da pasta.
Transferência
A Justiça Federal negou o pedido da defesa do ex-ministro, que pedia para que ele ficasse detido em São Paulo. O juiz Renato Borelli, da 15ª Vara Federal, manteve a determinação para que o pastor fosse imediatamente transferido para Brasília.
“Justifica-se o pedido em tela na conveniência e economia processual, e, sobretudo, porque a defesa técnica do ora suplicante encontra-se baseada em São Paulo, o que permitirá maior efetividade na comunicação entre o custodiado e este primeiro signatário que estará presente no ato”, dizia o documento apresentado pelos advogados do ex-ministro.
Habeas Corpus
Milton Ribeiro mora em Santos, litoral paulista. A defesa do ex-chefe do MEC deve apresentar um pedido de habeas corpus na audiência marcada para hoje, às 14h. No mandado de prisão emitido, o juiz da 15ª Vara Federal também ordenou que o ex-ministro se apresente na Superintendência da PF, em Brasília.
Também são alvos da operação os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL). A PF cumpriu 13 mandatos de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados e cinco de prisão em Goiás, São Paulo, Pará e no Distrito Federal.
A operação foi chamada de Acesso Pago e investiga se houve “tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos” do FNDE. De acordo com a PF, a ação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A prisão ocorre depois da divulgação, em março deste ano, pelo jornal Estado de S. Paulo, de áudios de Milton Ribeiro em que ele falava sobre o favorecimento de municípios que negociavam verbas com pastores, que não tinham cargos no governo. Dias depois, a Folha de S.Paulo divulgou um áudio em que Ribeiro falava que o pedido vinha diretamente do presidente Jair Bolsonaro (PL). Na época, ele negou, em nota, que Bolsonaro tivesse feito esse pedido. Dias depois, ele pediu demissão da pasta.
Transferência
A Justiça Federal negou o pedido da defesa do ex-ministro, que pedia para que ele ficasse detido em São Paulo. O juiz Renato Borelli, da 15ª Vara Federal, manteve a determinação para que o pastor fosse imediatamente transferido para Brasília.
“Justifica-se o pedido em tela na conveniência e economia processual, e, sobretudo, porque a defesa técnica do ora suplicante encontra-se baseada em São Paulo, o que permitirá maior efetividade na comunicação entre o custodiado e este primeiro signatário que estará presente no ato”, dizia o documento apresentado pelos advogados do ex-ministro.
Habeas Corpus
Milton Ribeiro mora em Santos, litoral paulista. A defesa do ex-chefe do MEC deve apresentar um pedido de habeas corpus na audiência marcada para hoje, às 14h. No mandado de prisão emitido, o juiz da 15ª Vara Federal também ordenou que o ex-ministro se apresente na Superintendência da PF, em Brasília.