Evento pela democracia esbarra na Venezuela Presidente Luiz Inácio Lula da Silva encabeça o encontro, no dia 24, em Nova Iorque. Porém, brasileiro enfrenta críticas pelo posicionamento sobre o vizinho

Publicação: 16/09/2024 03:00

Falta pouco mais de uma semana para o encontro de líderes democráticos organizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Nova York, marcado para 24 de setembro, às margens da 79ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas. O evento, intitulado ‘Em defesa da democracia, combatendo os extremismos’, reunirá chefes de Estado e de governo de nações progressistas para proteger as instituições democráticas — tendo a extrema-direita como alvo principal. Há um porém: um dos temas previstos para a discussão é a garantia de eleições livres no mundo, e Lula enfrenta críticas pelo posicionamento brando do Brasil em relação às eleições na Venezuela.

Lula se mobilizou para reunir aliados em resposta à articulação internacional de líderes extremistas, como o contato entre o presidente da Argentina, Javier Milei, o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro e o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que está concorrendo novamente ao cargo, além do avanço de partidos de extrema-direita em eleições europeias.

“Espanha e o Brasil são duas grandes democracias que enfrentam o extremismo, a negação da política e o discurso de ódio alimentado por notícias falsas. Nossa experiência no enfrentamento da extrema-direita, que atua coordenada de forma internacional, nos ensina que é preciso unir todos os democratas do mundo”, declarou Lula após o encontro com Sánchez.

Ao Correio, o Itamaraty informou que “o evento terá como objetivo discutir formas de avançar os princípios democráticos e proteger as instituições de movimentos extremistas, a fim de garantir eleições livres, o Estado de Direito e as liberdades individuais, ao mesmo tempo em que asseguram crescimento econômico sustentável e inclusivo. Entre os temas tratados no evento estão a disseminação de práticas de desinformação e de desestabilização de governos e democracias, bem como o papel das redes sociais nesse contexto”, explicou o ministério. (Correio Braziliense)