Entre a "boa relação" e a "falta de diálogo"
Governadora Raquel Lyra vê balanço positivo de aprovações na Alepe como fruto de construção com parlamentares, que apontam "dificuldades"
Guilherme Anjos
Publicação: 30/12/2024 03:00
A governadora Raquel Lyra (PSDB) teve uma vida mais tranquila na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) em seu segundo ano à frente do Executivo, comparado ao início da gestão em 2023. Apesar dos embates em torno de temas divisivos, o Palácio do Campo das Princesas aprovou 59 dos 64 projetos de Lei Ordinária e Complementar apresentados no ano, além das propostas orçamentárias.
Lyra vê o desempenho como fruto de uma melhora no relacionamento institucional com os parlamentares. “Sou grata à Assembleia Legislativa, e registro aqui, em nome do presidente Álvaro Porto, a minha gratidão. Vamos ter mais dois anos pela frente deste mandato”, disse, em entrevista ao Diario de Pernambuco.
A tucana reconheceu que ainda existe tensão no debate de propostas, a exemplo dos reajustes salariais de policiais militares e analistas de saúde, e dos pedidos de empréstimo. Entretanto, encara as divergências como uma construção coletiva em prol dos pernambucanos.
“Tivemos, sim, tensionamento nas discussões de projeto, nas prioridades, mas acaba que não aprovamos a maioria, nós aprovamos tudo. Isso foi fruto de discussão e construção coletiva”, celebrou a governadora.
RAQUEL E ÁLVARO
Apesar de estarem encerrando 2024 em bons termos, a governadora e o presidente da Casa, o deputado estadual Álvaro Porto (PSDB), tiveram um turbulento início de ano.
Na retomada das atividades legislativas, em fevereiro deste ano, o parlamentar usou palavras de baixo calão para criticar o discurso da correligionária, em áudio vazado do microfone. Na oportunidade, Lyra disse que foi alvo de “violência política”, e o PSDB afirmou que tomaria medidas disciplinares.
O episódio distanciou os tucanos. Porto acabou se aproximando do prefeito do Recife, João Campos (PSB), e chegou a articular a troca de partidos de sua esposa, a prefeita reeleita de Canhotinho Sandra Paes, do PSDB para o Republicanos.
“Falta diálogo”
O clima de ‘bem estar’ pregado pela governadora não é compartilhado pela oposição. Para o líder da bancada na Alepe, deputado estadual Diogo Moraes (PSB), a relação com o governo é mais de imposição, fechando as portas para debater melhorias nos textos do Executivo.
“O governo do estado, como não dialoga, tende a empurrar as coisas do jeito que quer. Temos conseguido algumas modificações, mas o que vem pra cá terminamos aprovando, porque não vamos prejudicar ninguém. Queremos melhorar, mas o governo não estabelece diálogo. Sempre chega aqui de maneira atrapalhada, muitas vezes não dialogando nem com as categorias. Aprovam na pressão da bancada governista, mas faltando alguma coisa que aprimore”, criticou o deputado.
Lyra vê o desempenho como fruto de uma melhora no relacionamento institucional com os parlamentares. “Sou grata à Assembleia Legislativa, e registro aqui, em nome do presidente Álvaro Porto, a minha gratidão. Vamos ter mais dois anos pela frente deste mandato”, disse, em entrevista ao Diario de Pernambuco.
A tucana reconheceu que ainda existe tensão no debate de propostas, a exemplo dos reajustes salariais de policiais militares e analistas de saúde, e dos pedidos de empréstimo. Entretanto, encara as divergências como uma construção coletiva em prol dos pernambucanos.
“Tivemos, sim, tensionamento nas discussões de projeto, nas prioridades, mas acaba que não aprovamos a maioria, nós aprovamos tudo. Isso foi fruto de discussão e construção coletiva”, celebrou a governadora.
RAQUEL E ÁLVARO
Apesar de estarem encerrando 2024 em bons termos, a governadora e o presidente da Casa, o deputado estadual Álvaro Porto (PSDB), tiveram um turbulento início de ano.
Na retomada das atividades legislativas, em fevereiro deste ano, o parlamentar usou palavras de baixo calão para criticar o discurso da correligionária, em áudio vazado do microfone. Na oportunidade, Lyra disse que foi alvo de “violência política”, e o PSDB afirmou que tomaria medidas disciplinares.
O episódio distanciou os tucanos. Porto acabou se aproximando do prefeito do Recife, João Campos (PSB), e chegou a articular a troca de partidos de sua esposa, a prefeita reeleita de Canhotinho Sandra Paes, do PSDB para o Republicanos.
“Falta diálogo”
O clima de ‘bem estar’ pregado pela governadora não é compartilhado pela oposição. Para o líder da bancada na Alepe, deputado estadual Diogo Moraes (PSB), a relação com o governo é mais de imposição, fechando as portas para debater melhorias nos textos do Executivo.
“O governo do estado, como não dialoga, tende a empurrar as coisas do jeito que quer. Temos conseguido algumas modificações, mas o que vem pra cá terminamos aprovando, porque não vamos prejudicar ninguém. Queremos melhorar, mas o governo não estabelece diálogo. Sempre chega aqui de maneira atrapalhada, muitas vezes não dialogando nem com as categorias. Aprovam na pressão da bancada governista, mas faltando alguma coisa que aprimore”, criticou o deputado.