Futuro incerto da União Progressista

Publicação: 05/05/2025 03:00

O cientista político Sandro Prado avalia que o futuro da União Progressista no estado pode passar por turbulências, especialmente considerando as ambições de Eduardo da Fonte e Miguel Coelho de se candidatarem ao Senado Federal.

“Essa divergência pode gerar conflitos internos e comprometer a coesão da federação no estado, embora em um primeiro momento o discurso seja de concordância e união entre os líderes partidários. Inclusive, ambos almejam uma vaga no Senado, mas com a formação da federação a candidatura de ambos deverá ser inviabilizada”, analisou.

Apesar disso, o União Progressista quer eleger “20 deputados federais e 10 estaduais” em 2026. Hoje, a federação já soma 14 parlamentares estaduais, 109 federais, 13 senadores, seis governadores e mais de mil prefeitos, e receberá os maiores repasses de verba para financiar campanhas eleitorais.

Para Prado, a federação entre partidos tão fortes e consolidados visa fortalecer ainda mais sua presença no cenário político, “aumentando sua influência e acesso a recursos, se tornando o maior grupo político do Brasil, com acesso à valores estimados de cerca de R$ 1 bilhão”. “A união também pode resultar em uma terceira via competitiva nas eleições de 2026”, afirmou.