Militares do núcleo 3 viram réus no STF
Ministros da Primeira Turma acataram denúncia da PGR contra dez dos 12 acusados do núcleo responsável pelas ações coercitivas do golpe
Publicação: 21/05/2025 03:00
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu ontem, por unanimidade, a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra 10 dos 12 acusados do núcleo 3 - ou “núcleo de ações coercitivas” - do plano de golpe para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder após a derrota nas eleições de 2022.
Com a decisão, o grupo vai responder a um processo penal por cinco crimes - organização criminosa armada, golpe de estado, tentativa de abolição violenta do estado democrático, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.
Neste grupo, estão dez denunciados - nove oficiais do Exército e um policial federal - que, segundo a Procuradoria-Geral da República, ficaram responsáveis por “ações coercitivas”. A denúncia afirma que eles promoveram “ações táticas” para convencer e pressionar o alto comando do Exército a aderir ao golpe, como a “Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro”, manifesto divulgado após o segundo turno das eleições de 2022 com críticas ao Poder Judiciário e referências à “insegurança jurídica e instabilidade política e social no País”.
Ainda segundo a PGR, os militares empreenderam “ações de campo” para o “monitoramento e neutralização de autoridades” no final de 2022, incluindo o ministro Alexandre de Moraes e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como o Plano Punhal Verde e Amarelo, a Operação Copa 2022 e a Operação Luneta.
O tenente-coronel Cleverson Ney Magalhães e o general Nilton Diniz Rodrigues, também denunciados no núcleo 3, foram poupados do processo criminal. Os ministros entenderam que não há indícios mínimos contra eles.
O ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, foi o primeiro a apresentar o voto. Ele afirmou que os oficiais não acreditavam que as instituições civis reagiriam à altura para impedir o golpe. “As Forças Armadas não substituíram o imperador”, disparou. (Estadão Conteúdo)
Com a decisão, o grupo vai responder a um processo penal por cinco crimes - organização criminosa armada, golpe de estado, tentativa de abolição violenta do estado democrático, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.
Neste grupo, estão dez denunciados - nove oficiais do Exército e um policial federal - que, segundo a Procuradoria-Geral da República, ficaram responsáveis por “ações coercitivas”. A denúncia afirma que eles promoveram “ações táticas” para convencer e pressionar o alto comando do Exército a aderir ao golpe, como a “Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro”, manifesto divulgado após o segundo turno das eleições de 2022 com críticas ao Poder Judiciário e referências à “insegurança jurídica e instabilidade política e social no País”.
Ainda segundo a PGR, os militares empreenderam “ações de campo” para o “monitoramento e neutralização de autoridades” no final de 2022, incluindo o ministro Alexandre de Moraes e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como o Plano Punhal Verde e Amarelo, a Operação Copa 2022 e a Operação Luneta.
O tenente-coronel Cleverson Ney Magalhães e o general Nilton Diniz Rodrigues, também denunciados no núcleo 3, foram poupados do processo criminal. Os ministros entenderam que não há indícios mínimos contra eles.
O ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, foi o primeiro a apresentar o voto. Ele afirmou que os oficiais não acreditavam que as instituições civis reagiriam à altura para impedir o golpe. “As Forças Armadas não substituíram o imperador”, disparou. (Estadão Conteúdo)