PRF ordenou abordagens a ônibus em 2022
Coordenador de análise de inteligência da PRF ainda revelou em audiência no STF que ex-diretor do órgão cobrava fotos dos veículos abordados
Publicação: 20/05/2025 03:00
Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), Adiel Pereira Alcântara, coordenador de análise de inteligência da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas eleições de 2022, afirmou que o ex-diretor geral da corporação Silvinei Vasques cobrava fotos das abordagens a ônibus. O STF realizou ontem a primeira audiência das testemunhas arroladas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelas defesas dos réus do núcleo 1 da trama golpista, formado pelo ex-presidente e mais sete denunciados pela procuradoria. Ao todo, serão ouvidas 82 pessoas até o dia 2 de junho.
Na audiência de ontem, Alcântara contou que a PRF ordenou um policiamento direcionado em algumas regiões durante as votações para presidente da República naquele ano. Segundo o servidor, ele foi convidado para participar de uma reunião dentro da PRF, sendo presidida por Djairlon Henrique Moura, que atuava como diretor de operações da corporação naquele momento. O relato de Alcântara indica que as orientações repassadas viriam do governo e a justificativa das ações seria “foco em segurança viária”. O ex-coordenador comentou com um colega que Silvinei Vasques, então diretor da PRF, teria sido “impróprio” nos pedidos de “policiamento direcionado”.
“O DG (diretor-geral) cobrou fotos das abordagens dos ônibus aos superintendentes. Eu era muito crítico à gestão do Vasques, porque ele estava muito próximo do ex-presidente e vinculando a imagem da corporação ao ex-presidente. Eu ouvi que era ordem do DG esse policiamento direcionado. Foram as nuances que fui juntando e cheguei a essa conclusão. Ele estava fazendo uma polícia de governo. Isso era muito ruim para a PRF”, afirmou Alcântara para o STF.
A próxima audiência será amanhã, quando o ex-comandante da Aeronáutica Batista Júnior será ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes. Após os depoimentos das testemunhas, Bolsonaro e os demais réus serão convocados para o interrogatório. A data ainda não foi definida pelo Supremo. (Metrópoles e Agência Brasil)
Na audiência de ontem, Alcântara contou que a PRF ordenou um policiamento direcionado em algumas regiões durante as votações para presidente da República naquele ano. Segundo o servidor, ele foi convidado para participar de uma reunião dentro da PRF, sendo presidida por Djairlon Henrique Moura, que atuava como diretor de operações da corporação naquele momento. O relato de Alcântara indica que as orientações repassadas viriam do governo e a justificativa das ações seria “foco em segurança viária”. O ex-coordenador comentou com um colega que Silvinei Vasques, então diretor da PRF, teria sido “impróprio” nos pedidos de “policiamento direcionado”.
“O DG (diretor-geral) cobrou fotos das abordagens dos ônibus aos superintendentes. Eu era muito crítico à gestão do Vasques, porque ele estava muito próximo do ex-presidente e vinculando a imagem da corporação ao ex-presidente. Eu ouvi que era ordem do DG esse policiamento direcionado. Foram as nuances que fui juntando e cheguei a essa conclusão. Ele estava fazendo uma polícia de governo. Isso era muito ruim para a PRF”, afirmou Alcântara para o STF.
A próxima audiência será amanhã, quando o ex-comandante da Aeronáutica Batista Júnior será ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes. Após os depoimentos das testemunhas, Bolsonaro e os demais réus serão convocados para o interrogatório. A data ainda não foi definida pelo Supremo. (Metrópoles e Agência Brasil)
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