Eleições dos diretórios impactam a cena política
Parte estruturante da organização partidária, órgãos atuam como instâncias de debates, deliberações e gestão nos âmbitos nacional, estadual e municipal
Cecília Belo
Publicação: 02/06/2025 03:00
O Brasil vive um momento político importante: a escolha dos líderes dos partidos, nos âmbitos nacional, estadual e municipal. Ontem, o PSB elegeu o prefeito do Recife, João Campos, como presidente nacional; já no último dia 24, o MDB reconduziu Raul Henry ao comando estadual da legenda após uma disputa com várias trocas de farpas com o deputado estadual Jarbas Filho. No dia 6 de julho, acontece o Processo de Eleições Diretas (PED) do PT.
Para o cientista político Arthur Leandro, os diretórios são órgãos estruturantes da organização partidária brasileira, atuando como instâncias de deliberação e gestão nos níveis municipal, estadual e nacional. Eles garantem a presença da legenda nos territórios, sendo responsáveis pela filiação de membros, definição de candidaturas, promoção da disciplina partidária e administração de recursos financeiros.
Como evidenciado nas eleições internas do MDB em Pernambuco, os diretórios são também espaços intensos de disputa política. As lideranças partidárias influenciam diretamente a escolha de candidatos, a formação de alianças e o direcionamento ideológico das campanhas.
O jurista Antonio Carlos de Freitas Júnior, doutor e mestre em Direito Constitucional pela Universidade de São Paulo (USP), destaca que o poder concentrado nos diretórios estaduais e nacionais pode interferir diretamente nas decisões locais. “Eles podem fazer o que chamamos de intervenções nos diretórios municipais e, por conseguinte, definir candidaturas majoritárias e proporcionais ou o apoiamento a candidaturas. Ou seja, os diretórios superiores, ao influírem direta ou indiretamente na decisão local, podem mudar completamente o jogo político-eleitoral”, detalha.
Na renovação política, o impacto dos diretórios também é evidente. “Quando capturados por oligarquias internas ou redes clientelistas, limitam a oxigenação das lideranças políticas”, destaca o cientista político Arthur Leandro.
Para o cientista político Arthur Leandro, os diretórios são órgãos estruturantes da organização partidária brasileira, atuando como instâncias de deliberação e gestão nos níveis municipal, estadual e nacional. Eles garantem a presença da legenda nos territórios, sendo responsáveis pela filiação de membros, definição de candidaturas, promoção da disciplina partidária e administração de recursos financeiros.
Como evidenciado nas eleições internas do MDB em Pernambuco, os diretórios são também espaços intensos de disputa política. As lideranças partidárias influenciam diretamente a escolha de candidatos, a formação de alianças e o direcionamento ideológico das campanhas.
O jurista Antonio Carlos de Freitas Júnior, doutor e mestre em Direito Constitucional pela Universidade de São Paulo (USP), destaca que o poder concentrado nos diretórios estaduais e nacionais pode interferir diretamente nas decisões locais. “Eles podem fazer o que chamamos de intervenções nos diretórios municipais e, por conseguinte, definir candidaturas majoritárias e proporcionais ou o apoiamento a candidaturas. Ou seja, os diretórios superiores, ao influírem direta ou indiretamente na decisão local, podem mudar completamente o jogo político-eleitoral”, detalha.
Na renovação política, o impacto dos diretórios também é evidente. “Quando capturados por oligarquias internas ou redes clientelistas, limitam a oxigenação das lideranças políticas”, destaca o cientista político Arthur Leandro.
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