Presidente nacional do PSB, o prefeito João Campos repudiou, ontem, o tarifaço de 50% para os produtos brasileiros importados pelos Estados Unidos. Aliado do presidente Lula, o socialista disse que o ato do presidente Donald Trump contra o Brasil “foi muito ruim e descabido de qualquer origem técnica e com uma má versão política”. Campos corrobora com os alertas de que essa taxação vai gerar um grande impacto na vida dos brasileiros, na produção, nos empregos e na renda. “Para Pernambuco também é muito ruim. Nosso Estado tem contratos de exportação nas áreas sucro energética, fruticultura, autopeças, construção de tecnologia”. João Campos classifica a atitude de Trump como “um ato absurdo de tentar interferir na soberania de um país, por uma decisão estritamente política”. “Qualquer analista sabe que não foi uma decisão técnica”, ressaltou o prefeito do Recife. Apesar dessa taxação atingir os produtos que o Brasil exporta, Campos afirmou que também é prejudicial para os Estados Unidos. “Mas o que importa é pensar no Brasil. Nós somos absolutamente contra essa atitude descabida. Uma taxação completamente desmedida com o nosso País”, disparou João Campos. Prefeito de uma das principais capitais do Brasil e pré-candidato a governador, ele tem consciência das consequências econômicas que o tarifaço de Donald Trump poderá causar na economia.

Agendas oficiais e extras
João Campos deu início ontem ao périplo por municípios do Agreste e Sertão de Pernambuco, afirmando ser importante que um prefeito de Capital tenha um sentimento do que acontece em outras cidades. Mas não está descartado que ele se encontre com prefeitos que já se declaram aliados da governadora Raquel Lyra (PSD). Como disse Campos, “são circunstâncias de momento”.

Balanço positivo 
Secretaria Estadual de Projetos Estratégicos e a Cehab comemoram a marca de R$ 2 bilhões aplicados em 57 obras iniciadas e 348 licitações. Obras devem iniciar neste semestre. Garantem que somando com 178 projetos em andamento, os investimentos passam de R$ 4 bilhões.

Mesada acabou
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) avisou que a mesada do filho Eduardo acabou e não tem como mandar mais dinheiro, caso o deputado decida continuar nos Estados Unidos. “Já mandei R$ 2 milhões, eu não tenho mais. O dinheiro está acabando”, disse Bolsonaro.

A raiz dos problemas 
O deputado Luciano Duque (SD espera que os empréstimos que a governadora Raquel Lyra (PSD) quer, sejam aprovados na volta dos trabalhos da Assembleia Legislativa. Ontem ele admitiu, na Rádio Folha, que a falta de diálogo e da montagem de uma base sólida, no início da gestão, geram esses problemas. “A articulação política tentou avançar, mas não conseguiu”, disse Duque.