Moraes libera e Flávio se encontra com Bolsonaro
Ministro autorizou que familiares visitem o ex-presidente sem precisar de comunicação prévia. Ontem, defesa recorreu da decisão da prisão domiciliar
Publicação: 07/08/2025 03:00
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Flávio afirmou que ministro "ultrapassou linha ética moral de avançar sobre a família" |
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) visitou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar, ontem, em Brasília. Flávio foi ao condomínio do pai após a liberação por parte do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de visitas de parentes ao ex-presidente. Para o senador, a decisão do magistrado não é “nenhum favor”.
“Não fez favor nenhum, no meu ponto de vista. Ele sabia que estava pegando mal para ele, inclusive, já que ultrapassou uma linha ética moral de avançar sobre a família de alguém que ele está investigando e que ele quer condenar”, afirmou Flávio Bolsonaro ao chegar.
Moraes proferiu, na manhã de ontem, decisão para autorizar que familiares de Bolsonaro o visitem. “Autorizo as visitas dos filhos, cunhadas, netas e netos do custodiado, sem necessidade de prévia comunicação, com a observância das determinações legais e judiciais anteriormente fixadas”, afirmou Moraes no despacho.
Até ontem, pelo menos sete aliados de Jair Bolsonaro protocolaram pedidos de vista. Apresentaram petições: o senador Magno Malta (PL-ES); o líder da bancada do PL na Câmara, o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ); e os deputados Marcos M(PL-MS), Marcelo Moraes (PL-RS), Tenente-Coronel Zucco (PL-RS), Eros Biondini (PL-MG) e Geraldo do Amaral (PL-MG).
DEFESA
A defesa de Bolsonaro recorreu ontem da decisão de Moraes, que decretou a prisão domiciliar do ex-presidente. No recurso apresentado ao STF, os advogados sustentam que Bolsonaro não descumpriu a medida cautelar que o proíbe de usar as redes sociais, incluindo perfis de terceiros.
Os advogados do ex-presidente solicitaram que o ministro reconsidere a decisão de manter Bolsonaro em prisão domiciliar. Caso isso não seja feito, os defensores ainda pediram que o caso seja enviado, com urgência, para avaliação no plenário físico do STF. (Agência Brasil, Estadão Conteúdo e Metrópoles)