A intolerância em forma de lei

Publicação: 20/07/2014 03:00

Kseniya e Tatyana no protesto contra a lei %u201Cantigay%u201D (YURI KADOBNOV/AFP)
Kseniya e Tatyana no protesto contra a lei %u201Cantigay%u201D
Além do histórico de racismo e xenofobia, a Rússia também é marcada pela intolerância em relação aos homossexuais. Assunto que, inclusive, já foi enfrentado pelo esporte, com a Olimpíada de Inverno de Sochi, neste ano. Muito por conta de uma polêmica lei “antigay” criada em junho de 2013. Em Sochi, vários atletas e personalidades mundias se pronunciaram contra a lei. A dúvida se haveria punição aos atletas que infrigissem a norma ficou no ar até o início do evento.

Até uma petição assinada por vários atletas homossexuais foi criada para que o governo russo extinguisse a lei. Apesar do insucesso dos pedidos, a competição ocorreu sem registros de problemas em relação aos homossexuais, mas ficou marcada pela falta de atitude dos atletas em relação à lei russa. A snowboarder australiana Belle Brockhoff, que é casada com outra mulher, era uma das esperanças dos ativistas LGBT contra a lei, mas durante a competição ela preferiu se calar para não correr o risco de se prejudicar na competição.

Outro evento de nível mundial que também chamou a atenção dos ativistas foi o Mundial de Atletismo de 2013, realizado em Moscou. Após a estrela do salto com vara Elena Isinbayeva defender a norma, as velocistas Kseniya Ryzhova e Tatyana Firova, participantes da equipe russa do revezamento 4 x 400, protestaram de forma simbólica ao se beijarem no pódio em que receberam a medalha de ouro.

O que diz a lei
Proíbe a promoção de relações sexuais “não-tradicionais” para menores de 18 anos. É interpretada, porém, como uma criminalização de qualquer campanha de apoio ao movimento LGBT, independentemente da idade.
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