Publicação: 29/07/2015 03:00
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Ídolo disputou 358 jogos pelo Timbu e marcou 50 gols |
O último remanescente do famoso ataque das quatro letras, do Náutico, faleceu ontem. Geraldo José dos Santos, o Lala, estava internado desde a última sexta-feira no Hospital Português em virtude de uma doença renal hepática crônica, que ocasionou a falência múltipla de órgãos ontem, às 9h20. O atacante foi um dos protagonistas do hexa alvirrubro, conquistado na década de 1960, juntamente com Bita, Nado e Nino - os quatro atuaram juntos pelo Náutico de 1963 a 1965, sendo que Lala defendeu o Timbu em todos os títulos do hexa. O enterro de Lala será hoje, no cemitério de Santo Amaro, às 11h - o velório aconteceu na sede do Náutico. O Superesportes conversou com algumas pessoas que conviveram com o jogador, que lembraram alguns capítulos da trajetória do craque.
O início no Náutico
Lala começou muito novo no Náutico, com apenas 16 anos. E a época em que ele entrou no time, em 1960, quando o time foi campeão pernambucano, foi a mesma em que eu vim para o Recife e comecei a acompanhar futebol. Foi um jogador que sempre se dedicou muito ao clube. Tanto que, depois que parou de jogar, sempre esteve próximo do Náutico”
Carlos Celso Cordeiro, pesquisador
O craque
Joguei com ele quatro anos no Náutico (1962/63/64 e 1967). Ele era um ponta esquerda muito habilidoso, que levava para cima do zagueiro e driblava. Era um Garrincha em miniatura. Uma vértice importante do ataque das quatro letras. Além disso, um cara muito dedicado à profissão e ao Náutico. Até a sua morte foi um alvirrubro de coração. Um companheiro muito leal”
Salomão, companheiro de time
O professor
É importante falar sobre o papel dele no CT, como formador. Começou com uma escolinha com cinco alunos e foi crescendo, sem desanimar. Tenho certeza de que ele acrescentou muito, não só como jogador, mas também como homem, a todos os que estiveram com ele no CT”
Ivan Brondi, companheiro de time, considerado por alguns como o “quinto elemento” do ataque das quatro letras
A pessoa
Tive o imenso prazer de conhece esse senhor que foi ídolo no Náutico. Sempre simpático. Sempre tinha a felicidade de receber o seu cumprimento no início da tarde, sentado ali no portão da entrada do CT. Meu querido amigo Lalá, vá com Deus e que Deus possa confortar o coração dos seus familiares”
Kuki, ex-atacante do Náutico