RIO-2016 » Nuzman denunciado pelo MPF

Publicação: 19/10/2017 09:00

O rombo de R$ 100 milhões nas contas do Comitê Rio-2016 foi provocado pela corrupção e não pela crise econômica. É o que concluem procuradores do Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro, que apresentaram ontem a denúncia contra o presidente licenciado do Rio-2016 e ex-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman. Investigado na Operação Unfair Play, que apura suposto esquema de compra de votos para o Rio sediar os Jogos Olímpicos do ano passado, Carlos Arthur Nuzman está sendo acusado pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. A Olimpíada do Rio de Janeiro foi a primeira em 40 anos a registrar déficit. Em julho, Carlos Arthur Nuzman foi até o Comitê Olímpico Internacional (COI) tentar convencer a entidade a bancar o rombo. Ouviu um sonoro “não”, sob a justificativa de que não havia como se saber a situação das contas do Comitê Organizador. Para o MPF, parte da dívida pode ser explicada por “renúncia de receita”. Os procuradores citam descontos oferecidos a uma empresa ligada a Arthur Soares, empresário também denunciado, “que impactou diretamente no balanço de contas e crescimento da dívida”.