O menor dos prejuízos para os alvirrubros Náutico sinaliza permanecer em Caruaru até o fim da Série B, apesar do saldo financeiro negativo

João de Andrade Neto
joao.neto@diariodepernambuco.com.br

Publicação: 19/10/2017 03:00

Após a partida contra o ABC, amanhã, o Náutico voltará a atuar como mandante no dia 7 de novembro, diante do Paysandu, pela 34ª rodada da Série B. Porém, o local da partida ainda não foi definido. O clube poderá voltar à Arena de Pernambuco, que foi cedida em outubro a dois eventos religiosos. Mas a possibilidade de manter os compromissos no Luiz Lacerda é alta. Ao ponto de o clube não se abalar nem com o prejuízo financeiro acumulou nas duas últimas partidas em Caruaru, diante de Boa Esporte e Guarani.

De acordo com o vice-presidente financeiro e de patrimônio do Náutico, e próximo presidente executivo, Edno Melo, nesses dois jogos, nos quais os públicos somados foi de 4.093 torcedores, o Timbu acumulou um déficit de R$ 43 mil. Um contraponto à primeira partida no estádio, diante do Internacional, com renda líquida de R$ 218.683,55. A maior do clube nesta Série B.

Porém, segundo o dirigente, o ponto primordial para a definição dos próximos mandos de campo do time não financeiro, mas sim técnico. No estádio, após a derrota por 1 a 0 para os colorados, o Náutico obteve duas vitórias. "Vamos levar em consideração primeiro a parte técnica. É melhor gastar um pouco mais de dinheiro agora do que economizar e terminar rebaixado", destacou Edno Melo. O Náutico tem até o dia 27 para informar a CBF o local do jogo.

Ainda segundo o dirigente, apesar do borderô apontar uma renda líquida de R$ 5.938,64, no jogo contra o Boa Esporte, e de R$ R$ 6.836,15, frente o Guarani, o saldo final do clube acabou negativo pelas despesas extras de uma partida realizada fora do Recife. "Temos despesas com hotel, transporte, bilheterias, catracas, alimentação de atletas e funcionários", explicou Edno.

Já nas partidas realizadas na Arena de Pernambuco, o Náutico não tem nenhum tipo de despesa na operação do estádio. No entanto, só passa a ter algum lucro após toda essa operação ser paga com a bilheteria da partida. A partir daí, passa a ter direito a 90% do lucro,  com o governo do Estado ficando com o restante.

Ao todo, seis dos 12 jogos que o Náutico realizou na Arena de Pernambuco tiveram as rendas líquidas maiores que as duas últimas do clube no Lacerdão. Mesmo assim, por conta da receita que o clube obteve no jogo contra o Internacional, a média das rendas obtida em Caruaru (R$ 77.152,78) segue bem maior que a das partidas disputadas em São Lourenço da Mata (R$ R$ 18.135,88), sem considerar a estreia de portões fechados contra o América-MG.

Reforços
Seis à disposição

O técnico Roberto Fernandes poderá contar com até seis dos oitos jogadores que desfalcaram o Náutico no empate por 2 a 2 com o CRB. Dois deles são garantidos, já que o zagueiro Feliphe Gabriel e o meia Diego Miranda apenas cumpriram suspensão. Além deles, o atacante William também volta a ser uma opção após ser poupado ante os alagoanos. Por fim, o zagueiro Breno Calixto e Léo Carioca, bem como o lateral-esquerdo Ávila, recuperados de lesões, também voltam a ficar à disposição.

Bilheteria
Rendas e públicos do Náutico nesta Série B

Na Arena de Pernambuco
12 jogos
Média de público total
4.069
Média de público pagante
2.729
Media de renda
R$ 18.135,88

No Lacerdão
3 jogos
Média de público total
5.834
Média de público pagante
4.650
Média de renda
R$ 77.152,78