De mal com a bola Alçado de forma justa à condição de ídolo do Sport anos antes, Rithely vive um momento ruim na carreira

Yuri de Lira
yuri.lira@diariodepernambuco.com.br

Publicação: 22/11/2017 03:00

Entrava ano, saía ano, o nome de Rithely figurava reiteradamente entre os titulares do Sport.  Quem fosse o treinador. Desde o segundo semestre de 2014, o volante ostentava vaga quase cativa na equipe. Mas nesta reta final de Brasileiro, sob o comando de Daniel Paulista, foi parar no banco de reservas. Sem render, virou opção nas duas partidas passadas do campeonato. A tendência é que siga na mesma condição para o duelo do próximo sábado, contra o Fluminense, no Maracanã. Um dos principais nomes do elenco, o jogador convive com uma maré negativa que não passava há tempos no clube. 
Rithely está desde 2011 na Ilha do Retiro. Trazido do Goiás pelo treinador Hélio dos Anjos, não agradou os torcedores de início. Com 20 anos à época, longe de ser a referência que se transformou hoje para o grupo, ganhou o apelido mordaz de “Ruinthely” da parte mais detratora da torcida. Mas, após as críticas, firmou-se, ganhou títulos. A partir da Série A de 2014, só havia deixado a titularidade pontualmente. 
No segundo turno deste Brasileiro, porém, o volante voltou a apresentar baixos rendimentos, que coincidiram com a acentuada queda técnica coletiva do Sport na competição. Mantido no time por Vanderlei Luxemburgo, começou a perder espaço para os concorrentes Anselmo e Patrick até ser sacado da posição por Daniel Paulista há duas rodadas. Para ele, cabe destacar, a reserva nunca foi uma rotina. 
A última vez que Rithely havia passado um período grande no banco foi entre a Copa do Nordeste e o Pernambucano de 2014, com o treinador Eduardo Baptista. Foi suplente nove vezes no período, entrando no decorrer de cinco partidas. Chegou a ser barrado por Baptista em mais quatro partidas da Série A daquele ano. Ainda “esquentou” o banco mais uma vez - também com o mesmo comandante - num clássico contra o Náutico pelo Estadual de 2015, na Arena de Pernambuco. 
Depois disso, Rithely reinou. Tornou-se absoluto em uma das vagas da cabeça de área leonina. Agora reserva com Daniel Paulista, até entrou no segundo tempo do jogo contra o Bahia, no último domingo, na Ilha do Retiro. Uma atuação discreta. Longe do Rithely de outrora, quando, inclusive, despertou a atenção de equipes como Corinthians, Internacional, Atlético-MG, Palmeiras e Fluminense.  
 
 
[ Rithely no Sport
 
345 jogos
315 como titular
30 gols