Central faz história Ao bater o Sport, ontem, no Estádio Luiz Lacerda, Patativa crava a sua primeira participação em uma final de Campeonato Pernambucano

Yuri de lira
yuri.lira@diariodepernambuco.com.br

Publicação: 22/03/2018 03:00

Fim de linha para o Sport no Campeonato Pernambucano. Ao Central, cabe a festa de uma inédita classificação a uma decisão de Estadual. Ontem, quando o goleiro Magrão completava 700 jogos pelo Rubro-negro, a Patativa manteve a invencibilidade no Lacerdão, ignorou o histórico negativo nos confrontos e o abismo de investimento em relação ao adversário e venceu por 1 a 0. Eliminado sem ganhar fora de casa na competição, o Leão só volta agora a entrar em campo em 15 de maio, pela Série A do Campeonato Brasileiro.

Inegável que o gramado ruim do Lacerdão atrapalhou um pouco um melhor andamento da partida. Erros de passes se tornavam frequentes nos dois lados, e as tramas de jogadas custavam para sair. Mas inegável também que ambos os times apresentavam um futebol bem pobre tecnicamente. O cenário foi de equilíbrio no primeiro tempo da semifinal.

Foi o Central que chegou primeiro mais perto de inaugurar o placar: numa cobrança venenosa de falta de Charles, espalmada por Magrão, e depois em cabeçada para fora dada por Júnior Lemos. As bolas paradas e aéreas, por sinal, eram a tônica do jogo alvinegro.  

Embora tenha iniciado o confronto se impondo um pouco, o Sport demorou mais para chegar com perigo à meta da Patativa, porém teve as chances mais claras da etapa inicial, quase em sequência. Índio chutou rasteiro, perto da trave esquerda de França. Um minuto depois, Léo Ortiz desviou a bola de cabeça e obrigou o goleiro centralino a evitar o gol. O Leão não assustou muito mais que isso em um primeiro tempo morno em Caruaru.

VITÓRIA
A aposta do técnico Nelsinho Batista depois do intervalo foi a entrada de Everton Felipe, que estava afastado dos gramados nos últimos seis meses devido à grave lesão no joelho. Pouco produtivo, Índio foi sacado. A troca parecia surtir efeito. Não demorou para o prata da casa fazer uma grande jogada e quase deixar Thomás na cara do gol, se não tivesse dado um passe tão forte.

Entretanto, talvez temendo uma exposição que pudesse levar à eliminação, coletivamente a equipe pareceu adotar no segundo tempo uma postura ainda mais conservadora. O Central cresceu. Aos 14 minutos, Tacaré dividiu com Magrão e tocou para Leandro Costa encostar a bola para dentro do gol, sozinho: 1 a 0.

Após o gol, a equipe de Nelsinho continuou sem força ofensiva alguma. Os jogadores rubro-negros começaram até a mostrar certo descompasso emocional com a iminente desclassificação. Campeão pernambucano em 1998, Mauro Fernandes, que agora vai para sua terceira final estadual, orientou bem o seu time para controlar o jogo sem dificuldades até o apito final.