AMISTOSOS » Teixeira teria lavado dinheiro

Publicação: 24/05/2018 09:00

Ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira usou supostamente empresas de fachada em paraísos fiscais como Panamá e Ilhas Virgens Britânicas para permitir a lavagem de dinheiro de amistosos da Seleção Brasileira. Os dados fazem parte das investigações realizadas pelo Ministério Público da Espanha que, há um ano, prendeu indivíduos implicados em uma suposta rede de corrupção internacional que envolvia a CBF. Desde o ano passado, o inquérito especificamente sobre Teixeira foi transferido da Espanha para o Ministério Público Federal do Brasil.

Mas o inquérito continua em Madri contra os demais envolvidos, entre eles o ex-presidente do Barcelona, Sandro Rosell. Preso em maio de 2017, ele tem insistido em pedidos para que possa acompanhar o seu julgamento em liberdade. Mas a Audiência Nacional, em Madri, tem rejeitado todos os seus recursos. Joan Besolí, um de seus parceiros comerciais, detido por fazer parte do esquema, também tem tido seus recursos recusados. Ontem, a Justiça espanhola uma vez mais negou a liberdade aos dois espanhóis implicados no caso. Mas, nos documentos usados para justificar a decisão, os juízes revelam agora parte do esquema criado supostamente com a participação de Ricardo Teixeira.

A investigação começou na Espanha depois que, em 2013, a reportagem do jornal O Estado de S.Paulo revelou com exclusividade como Sandro Rosell criou uma empresa - a Uptrend - para receber milhões de euros, supostamente por serviços prestados durante mais de uma dezena de amistosos do Brasil a partir de 2006. Os documentos ainda apontam que “Rosell foi o máximo responsável por uma organização dedicada à lavagem de dinheiro”.