NáUTICO » Em time campeão se mexe...e muito!

João de Andrade Neto
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Publicação: 05/06/2018 03:00

De volta à zona de rebaixamento da Série C, o torcedor alvirrubro se questiona o porquê da queda tão brusca de rendimento do Náutico pouco menos de dois meses após o título do Campeonato Pernambucano. Coincidência ou não, o fato é que após pôr fim a um jejum de 13 anos sem taças, o Timbu deixou de lado a máxima do futebol que diz em “time que está ganhando não se mexe”. Após a conquista do estadual, boa parte do time que se sagrou campeão foi desfeito. Isso sem falar na troca do comando técnico, com a saída de Roberto Fernandes, atualmente no comando do Santa Cruz, e o time sendo dirigido em duas partidas pelo interino Dudu Capixaba e em outras duas pelo atual comandante, Márcio Goiano.

Da equipe que venceu o Central por 2 a 1 em uma Arena de Pernambuco lotada por 42.352 torcedores no dia 8 de abril, apenas o goleiro Bruno, o lateral direito Thiago Ennes, os zagueiros Camacho e Camutanga e os atacantes Ortigoza e Robinho foram titulares na derrota por 2 a 0 para o ABC, no último sábado. Do restante da equipe que entrou em campo em Natal, o meia prata da casa Luiz Henrique já fazia parte do elenco campeão, mas vinha tendo poucas oportunidades, enquanto o lateral esquerdo Tiago Costa, o volante Jhonatan, e os atacantes Lelê e Dudu chegaram ao clube após o Estadual. Contratações que até agora não agradaram.

Dos novatos, Lelê e Dudu, cada um com cinco partidas disputadas, ainda não conseguiram balançar as redes. Algo que Jonathan, com o mesmo número de partidas, já conseguiu (na vitória por 2 a 0 sobre o Globo). Já Tiago Costa em sete jogos (seis como titular) amarga cinco derrotas e atuações determinantes para os resultados negativos, como na própria derrota para o ABC, quando cedeu o primeiro gol ao time potiguar após dominar mal a bola dentro da área.

O meia Luiz Henrique é um caso à parte, já que das seis partidas que disputou na Série C, em quatro precisou ser improvisado como lateral direito. Apenas nas duas últimas, já sob o comando de Márcio Goiano, atuou em sua função de origem. Na campanha do Pernambucano, o prata da casa esteve em campo oito vezes, quase sempre entrando no decorrer dos jogos.