'Problema' à espera de solução Sem expectativa de ser aproveitado em 2018, goleiro Agenor vive impasse no Sport, pois tem contrato com o clube até o fim do próximo ano

Daniel Leal
daniel.leal@diariodepernambuco.com.br

Publicação: 20/06/2018 03:00

Agenor é hoje um problema no Sport. Não por falta de profissionalismo, não por falta de comprometimento com o clube nem tampouco por questões de relacionamento ou de qualidade técnica ou potencial. O goleiro tornou-se um peso no clube porque, simplesmente, teve há dois meses o seu retorno aos gramados com a camisa rubro-negra inviabilizado por uma falha dupla. Dentro e fora de campo. O episódio reverbera até hoje na Ilha do Retiro. Apaziguador, o técnico Claudinei Oliveira já assumiu o impasse com o “bonde andando”. Embora tente colocar um fundo de esperança em um retorno do atleta de 28 anos à meta do Leão, admite que o clube segue à espera de uma proposta para que o jogador siga sua carreira.

Agenor passou a ser tratado como um problema no Sport na tarde do dia 15 de abril. Naquele dia, o goleiro falhou em dois lances cruciais na vitória do América-MG sobre o Leão por 3 a 0. À época, ele mesmo chegou a admitir as falhas. O problema seria o que estava por vir adiante com a decisão do então técnico do clube, Nelsinho Batista, em barrar Agenor do jogo seguinte, contra o Botafogo, na Ilha. Chateado, o goleiro então decidiu pedir para deixar o clube, recusando-se a ficar no banco do prata da casa Mailson. Porém, para deixar a Ilha, precisaria arranjar um clube que topasse pagar a multa rescisória, o que não aconteceu.

Desde então, Agenor trabalha junto ao elenco, porém com pouquíssimas perspectivas de atuar. Integrado ao grupo, é apontado por Claudinei Oliveira como o terceiro goleiro do time. No entanto, quando precisou ser acionado em virtude da suspensão de Magrão, contra o Grêmio, para ficar no banco de reservas de Mailson, foi preterido pelo quarto goleiro, Lucas.  

“Até pela questão dele com o torcedor, a gente preferiu no jogo contra o Grêmio, que foi na Ilha, deixá-lo de fora. Você levar Agenor para entrar em campo para aquecer, ficar no banco sendo que teve esse mal estar gerado com o torcedor e com o clube naquele momento, não é ideal. Poderia gerar desgaste para ele e tirar o foco no jogo”.

Enquanto isso, Agenor onera a folha salarial. Recebe um salário que gira em torno de R$ 150 mil. Contratado em maio de 2016 junto ao Joinville por R$ 2 milhões, o goleiro tem vínculo com o Leão até o fim de 2019. Disputou 17 partidas pelo Sport, com sete vitórias, dois empates e oito derrotas. “Ele treina, trabalha, tem se relacionado bem e na hora que tiver oportunidade aqui ou em outro clube está preparado”.