O que antes eram apenas treinos despretensiosos na cidade local, passaram a ser a preparação que Budião precisava para galgar oportunidades maiores.  “Por um período de dois anos, eu não acreditei mais que o kickboxing poderia me dar um futuro diferente. Quase desisti de lutar. Eu não tinha motivação porque não tinha recursos e não tinha quem me ajudasse”, relembrou com tristeza. “Foi aí, no período mais difícil, que conheci o campeão mundial Danilo Zanolini. Ele deu um seminário lá em Itamaracá e, junto com meu mestre na Ilha, Andrey Mahatma, ele disse que eu precisava voltar e ainda tinha chance”, acrescentou.

“Logo depois ele organizou um evento de luta no Recife e me convidou. Foi aí que eu comecei a lutar pelo título e voltar a me motivar. Ganhei o evento, o Fight Dragon Recife, e viajei para São Paulo para disputar o cinturão do mesmo evento. Ganhei. A partir daí as portas para competir fora do Brasil começaram a se abrir. Fui para o Japão, venci a luta que disputei e agora venci também na Coreia do Sul. Inclusive, daqui a cerca de três meses vou de novo à Coreia para tentar ganhar o cinturão”, concluiu.