O audacioso voo da Fênix
Mais novo integrante da Série A1 do Pernambucano, Retrô investe pesado e sonha em até cinco anos estar na Série B do Brasileirão
Vítor Aguiar | Especial para o Diario
esportes@diariodepernambuco.com.br
Publicação: 09/11/2019 03:00
Aporte, estrutura e torcida. Baseado nesses pilares, o Retrô Futebol Clube Brasil construiu, no seu primeiro ano como profissional, a estrada para a elite pernambucana, conquistada na última quarta-feira, após garantir uma das duas vagas da Série A2. Neste sábado, às 17h, entra em campo contra o Decisão pelo título inédito. Mas o projeto, ambicioso, não para por aí. Almejando a Série B do Brasileiro até 2024, a Fênix de Camaragibe preza pelo retorno ao futebol vistoso das épocas áureas da Seleção Brasileira e recebe valores milionários de seu diretor-presidente, Laércio Guerra, para alcançar as metas.
O SURGIMENTO
A história da equipe começa em 2016, como um projeto social ligado à Unibra (Centro Universitário Brasilerio), pertecente a Laércio, depois ampliado para abarcar a tríade social, profissional e educacional. E o nome inusitado, assim como as cores azul e amarelo, remetem ao futebol aplicado pela Seleção entre as Copas de 58 e 86, visando “retroagir à identidade do futebol antigo do Brasil”.
“Estou podendo desenvolver projetos aqui dentro dos cursos da faculdade, isso me deu um start de criar um clube de futebol, utilizar meus alunos para que eles pudessem desenvolver pesquisa e esse projeto profissional encaixaria com o projeto educacional que ele tem aliado ao projeto social”, disse Laércio.
A ADMINISTRAÇÃO
Mas, a diferença não está apenas no nome. Como clube-empresa, Laércio não vê risco de acontecer algo similar ao Figueirense, uma vez que se trata de um projeto próprio, com suas referências de gestão, mas sem maiores garantias. Criticando os chamados “times de empresário”, ele vê poucos clubes-empresa de verdade no país, mas, valoriza o modelo.
“Hoje, você tem uma gestão no Náutico que é fantástica, com o Diógenes e o Edno, imagina esses caras 10, 20, 30 anos no Náutico, provavelmente eles iam colocar o Náutico em uma condição muito grande. Mas, em algum momento vai ter que ter eleição, em algum momento vai ter que ter troca, eu acredito que isso é um dos grandes problemas”.
O PLANEJAMENTO E A BASE
Neste cenário, o Retrô, que encerra neste sábado sua primeira temporada como profissional, decidindo o título da Série A2, já traça planos mais longínquos, almejando a final do Pernambucano em 2020 e o acesso à Série B até 2024. Para isso, a equipe teria que subir na pirâmide do futebol brasileiro quatro vezes nos próximos cinco anos.
Para realizar esses planos, o Retrô mira na base. A médio prazo, a projeção é de ter 70% do elenco composto por pratas da casa. E o investimento já vem dando resultado, com parcerias com grandes clubes do país, através das quais o atleta vai como não profissional, com percentuais da profissionalização distribuídos entre a família, o clube destinatário e o Retrô. Um exemplo recente é o meia Tabica, de 15 anos, que está no Corinthians.
O INVESTIMENTO
Construir um clube, porém, não é barato, ainda mais com uma estrutura que já consumiu entre R$ 30 e 35 milhões. O Retrô é inteiramente bancado pelo presidente e pela faculdade. Na visão de Laércio, esse é o maior investimento em base no país. Mas ele vê uma sustentabilidade do time já na chegada à Série C.
Com uma folha entre R$ 75 e 80 mil, a expectativa é que o valor quintuplique, chegando entre R$ 350 e 400 mil e superando a folha prevista para o Santa Cruz, que almeja R$ 250 mil para o Pernambucano, e se aproximando do Náutico, que planeja R$ 500 mil. Esse valor, porém, deve ser mantido até a Série C, planejada para 2022 ou 2023.
O 2020
Mirando na possibilidade de tirar o título do Trio de Ferro após 76 anos, Laércio sonha alto para o primeiro Pernambucano do clube. Ele reforça o traçado por metas para se garantir, primeiro na Série D, depois na Copa do Brasil, para, enfim sonhar com o título.
“Eu queria dizer que as pessoas observem o Retrô como um clube de família, que é um sonho, é um projeto e que a gente deixa as disputas sempre para dentro de campo. Fora de campo, o que a gente precisa fazer no futebol é um ambiente de amizade. Dentro de campo, é de batalha, fora, é de amizade, porque a única coisa que a gente vai levar na vida é amizade e os relacionamentos, de resto as coisas ficam para trás”.
Curiosidades do Retrô
CT 1 - Km 8 de Aldeia
1 quadra
1 campo
CT 2 - Km 5 de Aldeia
Setor administrativo
Concluído
6 campos
Concluído
4 campos
Em construção
1 centro de convenções
Concluído
1 refeitório
Em construção
1 observatório e centro de análise
Em construção
10 salas de aula
Em acabamento
10 vestiários
Em acabamento
1 academia
Em construção
24 apartamentos - hotel
Concluído
40 apartamentos - hotel
Em contrução
Estádio planejado
Camaragibe ou Paudalho
10 a 12 mil lugares
Construção a partir de janeiro
Média de torcida no PE: 841 torcedores
Campanha na Série A2
15 jogos
7 vitórias
7 empates
1 derrota
19 gols marcados
9 gols sofridos
O SURGIMENTO
A história da equipe começa em 2016, como um projeto social ligado à Unibra (Centro Universitário Brasilerio), pertecente a Laércio, depois ampliado para abarcar a tríade social, profissional e educacional. E o nome inusitado, assim como as cores azul e amarelo, remetem ao futebol aplicado pela Seleção entre as Copas de 58 e 86, visando “retroagir à identidade do futebol antigo do Brasil”.
“Estou podendo desenvolver projetos aqui dentro dos cursos da faculdade, isso me deu um start de criar um clube de futebol, utilizar meus alunos para que eles pudessem desenvolver pesquisa e esse projeto profissional encaixaria com o projeto educacional que ele tem aliado ao projeto social”, disse Laércio.
A ADMINISTRAÇÃO
Mas, a diferença não está apenas no nome. Como clube-empresa, Laércio não vê risco de acontecer algo similar ao Figueirense, uma vez que se trata de um projeto próprio, com suas referências de gestão, mas sem maiores garantias. Criticando os chamados “times de empresário”, ele vê poucos clubes-empresa de verdade no país, mas, valoriza o modelo.
“Hoje, você tem uma gestão no Náutico que é fantástica, com o Diógenes e o Edno, imagina esses caras 10, 20, 30 anos no Náutico, provavelmente eles iam colocar o Náutico em uma condição muito grande. Mas, em algum momento vai ter que ter eleição, em algum momento vai ter que ter troca, eu acredito que isso é um dos grandes problemas”.
O PLANEJAMENTO E A BASE
Neste cenário, o Retrô, que encerra neste sábado sua primeira temporada como profissional, decidindo o título da Série A2, já traça planos mais longínquos, almejando a final do Pernambucano em 2020 e o acesso à Série B até 2024. Para isso, a equipe teria que subir na pirâmide do futebol brasileiro quatro vezes nos próximos cinco anos.
Para realizar esses planos, o Retrô mira na base. A médio prazo, a projeção é de ter 70% do elenco composto por pratas da casa. E o investimento já vem dando resultado, com parcerias com grandes clubes do país, através das quais o atleta vai como não profissional, com percentuais da profissionalização distribuídos entre a família, o clube destinatário e o Retrô. Um exemplo recente é o meia Tabica, de 15 anos, que está no Corinthians.
O INVESTIMENTO
Construir um clube, porém, não é barato, ainda mais com uma estrutura que já consumiu entre R$ 30 e 35 milhões. O Retrô é inteiramente bancado pelo presidente e pela faculdade. Na visão de Laércio, esse é o maior investimento em base no país. Mas ele vê uma sustentabilidade do time já na chegada à Série C.
Com uma folha entre R$ 75 e 80 mil, a expectativa é que o valor quintuplique, chegando entre R$ 350 e 400 mil e superando a folha prevista para o Santa Cruz, que almeja R$ 250 mil para o Pernambucano, e se aproximando do Náutico, que planeja R$ 500 mil. Esse valor, porém, deve ser mantido até a Série C, planejada para 2022 ou 2023.
O 2020
Mirando na possibilidade de tirar o título do Trio de Ferro após 76 anos, Laércio sonha alto para o primeiro Pernambucano do clube. Ele reforça o traçado por metas para se garantir, primeiro na Série D, depois na Copa do Brasil, para, enfim sonhar com o título.
“Eu queria dizer que as pessoas observem o Retrô como um clube de família, que é um sonho, é um projeto e que a gente deixa as disputas sempre para dentro de campo. Fora de campo, o que a gente precisa fazer no futebol é um ambiente de amizade. Dentro de campo, é de batalha, fora, é de amizade, porque a única coisa que a gente vai levar na vida é amizade e os relacionamentos, de resto as coisas ficam para trás”.
Curiosidades do Retrô
CT 1 - Km 8 de Aldeia
1 quadra
1 campo
CT 2 - Km 5 de Aldeia
Setor administrativo
Concluído
6 campos
Concluído
4 campos
Em construção
1 centro de convenções
Concluído
1 refeitório
Em construção
1 observatório e centro de análise
Em construção
10 salas de aula
Em acabamento
10 vestiários
Em acabamento
1 academia
Em construção
24 apartamentos - hotel
Concluído
40 apartamentos - hotel
Em contrução
Estádio planejado
Camaragibe ou Paudalho
10 a 12 mil lugares
Construção a partir de janeiro
Média de torcida no PE: 841 torcedores
Campanha na Série A2
15 jogos
7 vitórias
7 empates
1 derrota
19 gols marcados
9 gols sofridos