Organizada protesta e solta bombas na Ilha Membros da principal uniformizada do clube ameaçaram com faixas e palavras o elenco, que estava treinando no CT, em Paulista, bem longe da Ilha

HAIM FERREIRA

Publicação: 24/08/2024 03:00

A segunda derrota seguida do Sport na Série B do Campeonato Brasileiro não passou despercebida pela torcida rubro-negra. Na última sexta-feira (23), um dia após o Leão perder por 1 a 0 para o Coritiba, na Arena de Pernambuco, membros da principal Torcida Organizada do clube protestaram de forma mais agressiva.

O local escolhido foi a Ilha do Retiro, que viu faixas sendo estiradas pela uniformizada em crítica aos jogadores e à diretoria. O momento de maior tensão aconteceu quando cinco bombas caseiras foram atiradas na rampa que dá acesso à sede.

“Salário em dia, porrada em falta!”  “Fora Yuri (Romão, presidente)”. “Acesso é obrigação”. “Time frouxo”. Esse foi o tom do protesto. O elenco estava treinando no CT do clube, em Paratibe (Paulista), bem longe da Ilha do Retiro.

Mesmo assim houve correria nas calçadas e nos imóveis próximos ao estádio, além do pânico dos motoristas que trafegavam pela Abdias de Carvalho no momento. A Polícia Militar de Pernambuco foi acionada, mas não chegou a tempo de deter nenhum dos envolvidos.

TURBULÊNCIA
Mesmo com os resultados da 22ª rodada tendo ajudado o Leão, os rubro-negros novamente não conseguiram fazer a sua parte para voltar a se aproximar do G4 e agora caíram para a 9ª posição, com 32 pontos.

A distância para o Vila Nova, último time dentro do grupo de acesso, agora é de quatro pontos, enquanto para o líder Novorizontino chegou a oito. Vale lembrar que os pernambucanos ainda têm dois jogos a menos, contra CRB e Operário, ainda sem data marcada pela CBF.

A equipe comandada por Guto Ferreira agora volta a campo na próxima terça-feira (27), quando visitará o vice-lanterna, Brusque, às 21h, no estádio da Ressacada, em Florianópolis.

Bastante pressionado, mesmo apenas com quatro jogos à frente do clube, o treinador pediu paciência com o trabalho.

“Nós buscamos uma equipe para o acesso. Se a gente não equilibrar essa equipe, não vamos ser competitivos e se não for competitivo, a gente não vai alcançar os resultados que a gente busca. Então, preocupa sim. Mas nós estamos buscando de alguma maneira soluções”, disse o treinador.

No momento, Guto Ferreira explicou que teve pouco tempo de preparação no Sport. E que certos métodos precisam de maior tempo para serem implementados no elenco. “Primeiro, que ainda não tem nem um mês. E joga, descansa, treina um pouquinho e vai de novo, tem situações que demandam um tempo pra gente poder adaptar e corrigir. Logicamente, nós não estamos satisfeitos”, finalizou.