O torcedor do Sport, em sua grande maioria, está “Pepalizado”. Duas vitórias e um empate, recolocando o time no G4 da Série B. É verdade que o Leão reencontrou o futebol do período do técnico Mariano Soso, com detalhes positivos a mais. Pepa conseguiu equilibrar a equipe dentro de campo. Manteve a intensidade ofensiva, mas sabendo deixar o time mais compactado. O time não é mais afobado, em buscar o gol a qualquer custo. Trabalha a bola e quando tem o resultado nas mãos, sabe administrar a vantagem. Além disso, o treinador não inventa, colocando cada um no seu setor, na sua posição. E viu o crescimento de alguns jogadores, em destaque Tití Ortiz (precisava de uma sequência de jogos e liberdade para criar) e Lucas Lima (peça fundamental para este crescimento do Leão). Faltam 13 jogos para fechar o Brasileiro, sendo sete em casa (Goiás, Ceará, Botafogo/SP, Guarani, Chapecoense, Santos e Operário/PR, este ainda sem data marcada) e seis fora (Paysandu, Mirassol, Novorizontino, América/MG, Operário/PR e Ponte Preta). Na teoria, vencendo tudo em casa (que chegaria aos 63 pontos na rodada final), o acesso fica praticamente nas mãos. Mas tenho convicção que essa equipe de Pepa irá buscar as vitórias longe no Recife. Amanhã, contra o Goiás, vamos ver se o Sport e seu treinador confirmam tudo isso.
 
Críticas ao presidente
O ex-diretor de futebol do Náutico, Eduardo Henriques, não poupou críticas as falas recentes do presidente Bruno Becker. Segundo ele, o tempo era curto para contratar os jogadores no início da temporada. “A gente só tinha Diego Matos, Vagner e Joécio no elenco. Fomos atrás de um grupo, com apenas R$ 520 mil nas mãos para trazer 24 jogadores em 20 dias”. Ele disse que em março pediu ao presidente para mudar o grupo, com pelo menos nove reposições, investindo na folha mais R$ 300 mil, mas foi negado. “Não trouxe e pagava quase R$ 100 mil por Betão, Léo Franco e Rodolpho Moreira”.
 
A vinda de Mazola
Eduardo Henriques disse que o clube não deu condições para atletas e membros da comissão. “Os analistas de desempenho trabalhavam em um quarto de hotel do CT sem ar condicionado e sem TV. O auditório não tinha condições. Os consertos foram pagos por um diretor”. E segundo o ex-diretor, a vinda de Mazola foi de responsabilidade de Becker e Ítalo Braga.
 
O rombo do Corinthians
Números assustadores. A diretoria do Corinthians apresentou, semana passada, os valores de sua dívida: R$ 2,3 bilhões. Deste valor, R$ 1,2 bilhão tem que ser quitado até 2026. Só com a Caixa Econômica, por conta da NEO Química Arena, a dívida fica em torno de R$ 700 milhões. Só para não deixar passar em branco, as dívidas dos nossos clubes são de R$ 305 milhões (Santa Cruz), R$ 276 milhões (Sport) e R$ 258 milhões (Náutico), um total de R$ 839 milhões.