A goleada sobre a seleção peruana trouxe mais tranquilidade para a sequência do trabalho do técnico Dorival Júnior na Seleção Brasileira. As duas vitórias deixaram a Canarinha com 16 pontos, pontuação igual ao Uruguai, terceiro colocado e adversário na última partida neste ano – antes, tem a Venezuela. Ficou bem claro com estes dois jogos que Dorival Júnior começa a ter uma ideia de como quer o Brasil jogando. Ontem, conversei com o treinador sobre o esquema brasileiro. Na formação 4-2-4, a Seleção tem dois volantes que sabem trabalhar a bola (Bruno Guimarães e Gérson saem na frente) e quatro homens ofensivos. Na hora de defender, Dorival pode trabalhar um 4-4-2 ou em 4-1-4-1, sendo que este primeiro “1” teria mais a cara de André, que ficaria atuando na frente dos zagueiros. O detalhe da formação defensiva com dois atacantes é que vejo o encaixe perfeito para Vinícius Júnior e Neymar no “2”, por serem habilidosos e rápidos. Dorival também não descarta outras variações na formação. Já com a bola nos pés, o time pode atuar no 2-3-5 ou no 3-2-5. Aqui, o lateral da direita fica mais próximo dos zagueiros, permitindo que o ala esquerdo seja este quito atacante. Com Neymar sendo armador que tanto a Canarinha precisa, Vinícius Júnior pode crescer na Seleção. Ele segue bem apagado desde o fim da Copa do Mundo. Sem falar que Luís Henrique pede passagem e brigará com Raphinha. O importante é que essas formações sejam trabalhadas com os jogadores. Se o time engrenar, com a boa safra que temos, quem sabe não renasce a esperança pela sexta medalha na camisa amarela.
 
O Fantasma derrubou o Leão
O Fantasma aprontou pra cima do Leão dentro da Ilha do Retiro. Derrota que não estava na conta de nenhum torcedor do Sport. O time paranaense soube amarrar o jogo, não deixando o rubro-negro jogar e sendo mortal na hora de matar o jogo. O técnico Pepa tem boa parcela de culpa por esta derrota. Felipe e Cástan puxam a fila dos mais fracos em campo, em um jogo com caminhões de erros (individuais e coletivos).

Tiro no pé
Não gostei da proposta de disputa do Pernambucano feita pela FPF. Destrói o trabalho de interiorização iniciado pelo presidente Carlos Alberto Oliveira, nos anos 1990. O fracasso do Salgueiro, os clubes do Sertão vindo jogar na capital (gramados horríveis) e a falta de interesse dos torcedores nas cidades em jogos sem o Trio de Ferro da Capital reforçam o descaso. Caso aprovado no Conselho Arbitral da próxima semana, os clubes do interior dão um “tiro no pé”.

Contratações na Série A
Sabem quais clubes da Série A que mais investiram em contratações? Botafogo, Flamengo e Palmeiras, três que brigam pelo título. O alvinegro fez 18 contratações, com valores gastos de R$ 324 milhões, seguido pelo rubro-negro (R$ 276 milhões) e o alviverde (R$ 194 milhões). Também sonhando com o título, o Fortaleza tem um dos mais baixos investimentos em contratações, em torno de R$ 54 milhões.