A coluna hoje abre espaço para um desabafo de um amigo, torcedor do Santa Cruz. “Dez meses. Dez longos meses sem pisar no Arruda para ver o Santa Cruz jogar. A saudade era grande, a expectativa também. Mas o que encontrei não foi o reencontro esperado com a emoção de torcer pelo meu clube. Foi um cenário de horror, de abandono, de falta de respeito com quem ainda insiste em amar esse time. E não vou nem perder tempo falando da apatia dentro de campo. O Treze de Campina Grande veio, jogou bola e venceu com mérito. O problema do Santa vai muito além da falta de futebol. É a forma como tratam sua torcida, que é, sem sombra de dúvidas, seu maior patrimônio. Ou era.  Ingressos falsificados? Sim, um tópico especial à parte. Catracas eletrônicas falhando, filas gigantes para entrar, um clube que restringe o acesso dos próprios torcedores. Tudo isso para assistir um time pequeno, de futebol medíocre, que conseguiu reduzir a paixão de sua torcida – antes reconhecida nacional e internacionalmente – a pó.  A sensação era de que ninguém ali se importava. Nenhuma consideração com quem entrega suor, dinheiro, tempo e amor ao Santa Cruz. Nenhuma estrutura, nenhum zelo, nenhuma resposta. Só um estádio lotado de gente que ainda tenta acreditar, mas que sai esgotada, humilhada e sem esperança.  O Santa Cruz não é mais grande. E não é por conta das derrotas dentro de campo. É porque esqueceu como se faz um clube ser grande: respeitando sua torcida.”
 
Questão de sobrevivência
A derrota para o Treze foi impactante demais na vida do torcedor coral, mas não se pode jogar tudo no lixo após esta partida. O Santa Cruz precisa repetir uma boa campanha no Estadual e focar no acesso no Brasileiro da Série D. Sem a Copa do Nordeste, o clube perderá uma boa receita. Mas, sair do limbo que é a Quarta Divisão nacional é imprescindível. Aqui não pode ter erro. É questão de sobrevivência. É preciso corrigir tudo que foi feito de errado. E rápido.

Pepa
A entrevista que fiz com o técnico do Sport, Pepa, no Beto Lago DePrimeira, no YouTube, colocou algumas luzes na preparação do Leão na temporada 2025. Mostrou-se um treinador equilibrado. Está muito ligado com o clube e com a torcida. Pepa pensa grande e entra na Série A pensando em Sul-Americana. “Brigar para não cair não existe na Ilha”, disse o treinador.

Sangue nos olhos
Pepa falou sobre reforços (entre 10 a 12 ), que irá colocar o time alternativo nos primeiros três, quatro jogos. Segundo Pepa, três pontos foram importantes para vim para o Sport: a insistência da diretoria, que mostrou o desejo em ter o profissional; o elenco, que estudou muito antes de vim para o clube; e a torcida, que é contagiante. E foi enfático: “Não é qualquer jogador que vem pra cá. Não basta dar 90%. E para jogar no Sport tem que ter sangue nos olhos!”. Veja tudo no Beto Lago DePrimeira no YouTube.