Vinte e cinco mil tricolores (anunciados oficialmente apenas 20 mil) ávidos pela volta da sua maior paixão. O retorno do Santa frustrou a massa coral. Além da visível limitação técnica, ressaltada por Schulle após o jogo, o que se viu foi uma equipe sem a devida concentração e aplicação necessárias para uma vitória com a dimensão em que ela se apresentava. Era o cartão de visitas para 2025. Em campo, um Santa sem alma e sem talento. Criação e produção beirando o zero. Bola parada e cruzamentos aleatórios. A isso resumiu-se o time de Itamar. Além disso, uma marcação frouxa e desatenta. Os dois gols do Treze aconteceram por falhas bisonhas. No primeiro, Balotelli permite que Wandson antecipe e desvie pro gol uma assistência de Daniel. No segundo, Arthur de 1,70m “disputa” uma bola pelo alto com Renan Diniz de 1,90m. A bola sobra pra Van, livre, girar de tornozelo pro gol. De positivo, o passe de João Pedro e a finalização de Thiaguinho no gol tricolor. E uma falta cobrada por Matheus Melo no último minuto. Mas foi muito pouco, quase nada, daquilo que eu esperava. Do lado paraibano, apesar da catimba e da cera excessivas, ressalte-se o mérito de uma equipe que contextualizou de maneira muito mais compenetrada a importância da vitória. Mérito também para a torcida do Treze, que se deslocou de Campina para apoiar o time. Parabéns, Galo da Borborema!

Derrota amarga
A consequência foi a mesma. O Retrô também ficou fora da fase de grupos do Nordestão. Mas a perspectiva é outra. A bola que a equipe rendeu foi bem superior a do Moto Club. Criou várias oportunidades, teve um pênalti absurdamente não marcado pelo árbitro e foi desclassificado nos pênaltis. E olha que Darley voltou a fazer a parte dele. Derrota digerida com amargura sim, mas deixando no ar, pelo rendimento do time, uma expectativa otimista para a temporada.

SAF, metas e orçamento
Bruno Becker foi o nosso entrevistado no Craque CBN de ontem. O presidente alvirrubro falou que cravaria a SAF em 2025. Disse que a folha do futebol, hoje, gira em torno de R$ 750 mil. Confirmou o movimento do Ministério Público e dos clubes para a viabilização do reconhecimento facial  na identificação dos marginais que frequentam os estádios. Afirmou que há tranquilidade política no clube. Defendeu a nova estrutura, mais enxuta, do Depto de Futebol e elogiou a volta de Kuki para a comissão técnica. Becker foi incisivo quanto às metas deste ano: “o acesso à Série B é inegociável!” Destacou que quase todos os clubes preferem a Série C por pontos corridos.

Assertividade x Rapidez
Tá demorando sim. O Sport precisa e vai contratar um time inteiro. Mas não é contratar por contratar. Tem que trazer qualidade e  comprometimento. Liziero, Antônio Carlos, Hereda, Zé Wellison, Gonçalo Paciência. São bons nomes ainda não oficializados. Mas não desça mais o sarrafo não. Tá no limite do mínimo. É daí pra cima, caros dirigentes rubro-negros…