Diógenes Moraes: uma lenda do judô
Legado do mestre, que faleceu no domingo, 9 de março, aos 95 anos, seguirá eterno entre amigos, familiares, admiradores e ex-alunos do professor
LUCAS VALLE
Publicação: 15/03/2025 03:00
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Professor Diógenes Moraes liderando um treinamento com os fuzileiros navais |
“Foi meu professor e meu mestre na Marinha do Brasil. Quem é lembrado nunca morre. Diógenes Moraes vive!”. O comentário do internauta Fernando Pires foi um dos centenas deixados no perfil do Diario de Pernambuco no Instagram. Todas as mensagens seguem o mesmo tom: De homenagem! De respeito! De gratidão!
No último domingo, 9 de março, o judô brasileiro perdeu um de seus maiores mestres. Diógenes Moraes faleceu aos 95 anos, após uma insuficiência cardíaca, deixando um enorme legado para o judô pernambucano e nacional.
Sua trajetória não foi apenas a de um professor de artes marciais, mas a de um verdadeiro formador de caráter, cuja influência ultrapassou os tatames e moldou gerações de atletas e professores, incluindo a introdução das artes marciais em todas as gerações de sua família.
Nascido em 1930, em União dos Palmares, Alagoas, numa época em que o judô ainda não havia se estabelecido no Brasil, Diógenes Moraes iniciou sua trajetória nas artes marciais com o jiu-jitsu nos anos 50, no Recife.
Ao longo dos anos, Diógenes foi crescendo e se tornando uma referência no esporte, tornando-se o fundador da Federação Pernambucana de Pugilismo, que englobava todas as artes marciais do estado. Em 1969, foi um dos responsáveis por criar a Confederação Brasileira de Judô (CBJ). Também foi pioneiro na Federação Pernambucana de Judô (FPJ).
O mestre ensinou judô em vários colégios e universidades. No ano passado, aos 94 anos, o Shihan Diógenes Moraes ainda conquistou mais uma graduação no judô: foi promovido ao 9° dan, o kyudan, sinônimo de um nível de conhecimento técnico muito avançado, sendo o 10° dan o maior.