SAF do Náutico ainda longe de um desfecho Prazo para o Consórcio Timbu, interessado em adquirir 90% da Sociedade Anônima do Futebol, responder questionamentos dos conselheiros já expirou

CAIO ANTUNES

Publicação: 25/04/2025 03:00

Apresentação dos investidores não agradou a todos (GABRIEL FRANÇA/NÁUTICO)
Apresentação dos investidores não agradou a todos
As etapas para o Náutico se tornar Sociedade Anônima do Futebol (SAF) seguem acontecendo, mas as negociações parecem longe de uma conclusão. No último dia 1º de abril, o Náutico enviou os questionamentos do Conselho Deliberativo para os investidores do Consórcio Timbu, que, posteriormente, teriam apenas 10 dias para responder o solicitado. Porém, o prazo foi excedido e o clube alvirrubro segue aguardando o retorno dos investidores interessados na compra de 90% da SAF.

A expectativa é de que apenas na próxima semana as respostas e os ajustes na proposta  sejam enviados pelos investidores. O Conselho Deliberativo alvirrubro espera respostas significativas e ajustes importantes em relação à proposta vinculante inicial, enviada no dia 28 de fevereiro.

Caso a etapa da resposta finalmente seja superada, será marcada uma nova reunião no Conselho Deliberativo do Náutico, para analisar as respostas e as possíveis mudanças na proposta. Caso a reunião tenha um desfecho positivo, será marcada a votação entre os conselheiros para definir o rumo da SAF alvirrubra.

Passando pelo Conselho, a implementação da SAF ainda passará por votação na Assembleia Geral de Sócios. Com todo o trâmite completo, o Náutico concretiza a transição do modelo associativo para Sociedade Anônima.

A PROPOSTA

O Consórcio Timbu, representado pelo ex-jogador Fransérgio Bastos e pelo empresário Thiago Ribeiro, é o responsável pela proposta que visa garantir um aporte de R$ 400 milhões no futebol do clube ao longo de 10 anos, englobando o profissional, base, feminino e futsal e utilizados para contratações de jogadores, pagamento de salários e melhorias no departamento. O pentacampeão Cafu seria sócio da Timbu Participações, empresa que seria criada para administrar a SAF .

No entanto, a Comissão de Projetos Estruturantes do Conselho Deliberativo do Náutico expressou uma série de dúvidas sobre a viabilidade financeira do projeto e a capacidade dos investidores.

Entre os principais questionamentos está a falta de garantias quanto aos aportes financeiros. Embora a proposta mencione um orçamento de R$ 400 milhões, a comissão destacou que o valor não inclui correções monetárias ao longo dos anos, o que poderia comprometer o poder de compra do montante no futuro. Além disso, a proposta contempla o uso da receita do clube para compor o orçamento, mas sem garantias de aportes anuais dos investidores.